Guia da Semana

Fotos: Lucas Caram

A Holanda é um país singular no mundo. Integrante dos chamados Países Baixos, é um lugar extremamente plano, chegando a ocupar áreas abaixo do nível do mar por conta dos "mágicos" pôlderes. Enormes disparidades podem ser constatadas ao longo de seus pouco mais de 40 mil metros quadrados. De um lado, a vida simples do campo, convivendo lado a lado com a liberdade cultural trazida pelas revoluções da década de 1970. Com apenas 735 mil habitantes, a capital, Amsterdã é a sua cidade mais populosa, o que certamente contribui para o clima amistoso e aconchegante de seus canais e ruelas.

A população holandesa, em sua maioria, lida com naturalidade sobre a liberdade prevista na legislação do país, que permite o uso de drogas leves (maconha e cogumelos), o direito ao aborto, à eutanásia e ao casamento entre homossexuais. Nos parques, é curioso observar famílias inteiras em pique-niques, dividindo o espaço com grupos de jovens fumando maconha em narguiles.

A maior parte dos moradores mostra-se prestativa e simpática, principalmente quando se trata de turistas. Em Amsterdã, o leque de opções é vasto. A primeira coisa a se fazer é se programar para a chegada à capital. O aeroporto principal, Schiphol, é distante do centro. Por isso é sempre bom estar prevenido, caso o preço da corrida de táxi ultrapasse suas previsões.

Os albergues da cidade costumam ter regras próprias, proibindo o uso de drogas e bebidas em suas dependências, como forma de garantir maior tranqüilidade aos hóspedes (embora também existam albergues que funcionam baseados na lei holandesa). No centro, nada de hospedagens nababescas ou resorts. Os maiores hotéis mantém a charmosa linha arquitetônica da cidade.

Durante o dia, vale a pena alugar uma bicicleta por cerca de dez euros (diária) e percorrer toda a cidade por suas ciclovias. O centro é especialmente projetado para este tipo de transporte, dando preferência às bicicletas, exceto nas vias de grande tráfego, onde há semáforos. Para não se perder pelos nomes complicados das ruas, uma boa dica é se guiar pelos canais que cortam a cidade.



Embora existam várias opções, alguns lugares são obrigatórios. No coração da cidade se situam os museus mais tradicionais, como o Rembrandt (o maior da região) e o Van Gogh, batizados em homenagem aos dois maiores pintores holandeses. Outros museus são mais curiosos, como o Museu do Sexo e o The Hash, Marihuana and Hemp Museum, dedicado à cultura da cannabis, ambos situados no famoso Red Light District.

Os parques também são uma atração à parte. O maior deles, Vondelpark, chama a atenção pela quantidade de gente nos finais de semana, atraídas por suas árvores seculares e constante limpeza. Embora seja o mais lotado da cidade nos finais de semana, é possível aproveitar tranqüilamente um passeio no Vondel.

Para finalizar, a noite de Amsterdã reserva espaço para todos os gostos e estilos. Os Coffee Shops e Mushroom Stores (lojas de cogumelos) ficam abertos até uma da manhã. Valem uma visita à título de curiosidade. No famigerado Distrito da Luz Vermelha, garotas de programa oferecem seus serviços em vitrines de luz neon até o início da madrugada. Depois disso, o bairro volta ao normal, ficando difícil apontar os locais de onde as mulheres tentavam fisgar seus clientes. A partir daí, os clubes da cidade são a melhor pedida. Seja para ouvir punk rock ou música eletrônica, é sempre obrigatório se divertir na capital holandesa.

Quem é o colunista: Lucas Caram

O que faz: Assessor de Imprensa da Confederação Brasileira de Tênis e repórter e apresentador do Podcast 123 ( www.projeto123.com)

Pecado gastronômico: Qualquer coisa que contenha chocolate

Melhor lugar do Brasil: São Paulo

Fale com ele: [email protected]


Atualizado em 6 Set 2011.