Guia da Semana

Foto: Projeto Baleia Franca

Todos os invernos, de julho a novembro, o litoral catarinense recebe um visitante muito peculiar. Nada com velocidade de até 12 km/h, tem mais de 10 metros de comprimento e pode pesar até 100 toneladas. A Eubalaena Australis, mais conhecida como Baleia Franca, na verdade vive a maior parte dos dias nas frias águas da Antártida, mas vem ao sul do Brasil para se acasalar e parir os filhotes. A gestação de 12 meses garante a regularidade a suas visitas.

Apesar da forte campanha comercial da Praia do Rosa, em Imbituba (SC), ela não é a única que tem aparições das baleias. A área de proteção das baleias abrangem os municípios de Pinheira, Garopaba, Imbituba, Laguna, Jaguaruna, Rincão e até o sul de Florianópolis.

A maior concentração costuma ser na praia de Ibiraqüera, vizinha da Praia do Rosa, e onde está a sede do Projeto Baleia Franca, criado em 1982. Também são comuns as aparições na praia do Mar Grosso (Laguna), Içara (Rincão) e nas praias Campeche, Ingleses e Santinho, em Floripa, principalmente em setembro.

As baleias francas são pretas com uma mancha branca em volta do umbigo. Normalmente só são avistados as fêmeas (que são maiores do que os machos) e seus filhotes. As baleias não são de modo algum violentas, por isso a presença próxima de um barco ou algo parecido pode afugentá-las.

Assim se corta o prazer dos turistas de observação, que é assistir ao espetáculo de mãe e filhote nadando em paralelo à costa, com o esguicho em formato de "v" de até cinco metros de altura típico da espécie, muitas vezes expondo a enorme nadadeira peitoral ou a cauda, ou ainda dando saltos para fora da água. Para aqueles que vão de barco até as baleias, dá para se ouvir os sons característicos dos animais se comunicando.

Caça das baleias

A caça de baleias no Brasil começou com a baleia jubarte, da Bahia, logo após o começo da colonização portuguesa. Os portugueses usavam as baleias para produção de graxa. Em Santa Catarina, as baleias francas começaram a ser caçadas no século 18. Aí os principais objetivos eram a produção de óleo destinado à iluminação e também para fabricação de argamassa utilizada em igrejas e fortalezas que estão até hoje no litoral catarinense. Para isso se utilizava a camada de gordura da baleia.

Também se aproveitavam as barbatanas, aparelho de cerdas filtradoras de alimento existente na boca das baleias francas. Ele era vendido para a fabricação de espartilhos. A caça é proibida atualmente.

Museu

Tirando o mar, o principal ponto turístico da região no que diz respeito as baleias é o Museu da Baleia de Imbituba, situado na Praia do Porto. Criado em setembro de 2003, ele conta a história da caça e também da preservação das baleias francas. Há mapas, ilustrações e diversos artefatos.

Como ir

A estrada que passa pelo litoral de Santa Catarina, de Joinville até Criciúma, como em quase todo Brasil, é a BR-101, a Rodovia Translitorânea. A Praia do Rosa, entre Imbituba e Garopaba, é o local mais procurado pelos jovens, com baladas que antes só tocavam o reggae dos surfistas, mas agora também tocam música eletrônica com Djs estrangeiros. A Praia do Ferrugem, em Garopaba, é outra muito procurada para algo mais agitado. Veja algumas opções de hotéis e pousadas nessa região para ver as baleias:

Village Rosa (50 metros da praia do Rosa)
Telefone: (48) 3355-7199
Casa de duas suítes para quatro pessoas: 596,00 o fim de semana(duas noites), com café da manhã e serviço de camareira.

Pousada da Lagoa (em Garopaba, próxima a Praia do Silveira)
Telefone: (48) 3254-3201
Diária para casal com café da manhã: R$ 127,00

Pousada Saint Germain (em Garopaba, próxima a Praia do Silveira)
Telefone: (48) 3354-1517
Diária para casal com café da manhã: R$ 130,00

Preços sujeitos a alterações

Veja mais sobre as baleias jubarte no Arquipélago de Abrolhos!

Atualizado em 6 Set 2011.