Guia da Semana



O evento desportivo com maior público do planeta aporta em território brasileiro. Depois de 64 anos, nosso país volta a receber a Copa do Mundo de Futebol. O esporte que desperta paixões do público, parece ser uma das poucas unanimidades nacionais, vencendo diferenças sociais e políticas, quando o uniforme verde-amarelo entra nos gramados.

A mobilização já começou há muito tempo e as cidades brasileiras já fizeram estudos, montaram os projetos e pleitearam sua participação para sediar os eventos. Em maio, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) escolheu 12 delas e está acompanhando de perto os investimentos na construção e remodelagem dos estádios, bem como na infraestrutura para receber as seleções e os turistas.

Visibilidade Global

Não é pra menos, para se ter uma ideia da importância do torneio, segundo dados da Fifa, a edição da Alemanha (2006) atraiu cerca de 560 milhões de pessoas de 240 países na frente das TVs para assistir cada um das 64 partidas que envolveram as 32 seleções nacionais. Para cada torcedor nos estádios, estima-se que outros 10 mil assistem ao mesmo jogo pela TV ou por telões em locais públicos.

O país sede também tem muito a ganhar. Além dos investimentos diretos e indiretos com infraestrutura e transporte, a rede hoteleira cresce bastante nessa época. A organização do evento afirma que em um mês de competição a Alemanha recebeu 1 milhão de visitantes estrangeiros com uma arrecadação estimada em 1 bilhão de euros, sem contar outras receitas como vendas de ingressos, direitos de transmissão televisiva e patrocínios. Comparando com outros eventos, as Olimpíadas da China (2008), teve menos da metade de turistas, 450 mil.

Dificuldades à vista

Mas o que pode atrapalhar os planos das escolhidas é o atraso nos prazos exigidos pela Fifa. A entidade e o Comitê Organizador Local (COL) afirmaram que podem vetar até duas cidades antes do final do ano se considerarem os projetos insatisfatórios e os prazos não forem cumpridos. Após dois meses da definição das 12 cidades, os projetos já tiveram uma alta no orçamento de mais de 300%, chegando a R$ 10 bilhões. O detalhamento dos mesmos somado a inclusão de coberturas em todas as arenas - recomendado pela federação internacional - seriam as principais causas desse acréscimo. Como o governo federal terá dificuldades em assumir isso sozinho, as parcerias privadas seriam a solução.

A corrida já começou e, para você não ficar atrás, o Guia da Semana foi atrás dos projetos de reformas apresentados. Junto a isso, consultou o relatório elaborado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) apontando os principais obstáculos que cada região precisa superar para abrigar a Mundial. Confira!


























Arte: Fernando Kazuo

Atualizado em 6 Set 2011.