Guia da Semana

Fotos: Acervo pessoal

Rua da Medina, no centro tradicional de Marrakesh

Como muitas localidades árabes, Marrakesh possui a "Medina", a cidade antiga cercada por muralhas, e a parte moderna, chamada "Gueliz". O contraste impressiona. Na parte antiga, mercados (souk), com lojas dos mais variados tipos, artistas de rua e barracas de comidas típicas. Já na área moderna, prédios contemporâneos suntuosos, lojas de grifes e hotéis.

Assembleia dos mortos
Dentro da Medina fica a praça Jeema El Fna. Seu nome significa assembleia dos mortos, pois, antigamente, ali os criminosos eram executados. À frente da praça, um dos maiores mercados da cidade. Pode-se encontrar de tudo: roupas, sapatos, especiarias, comidas, lenços, turbantes, objetos de decoração. O mundo contemporâneo também está lá, entre óculos falsificados e aparelhos eletrônicos.


A Praça Jeema El Fna, com a Mesquita de Kutubia ao fundo

A moeda local é o dirham. Um euro equivale a aproximadamente 100 dirhans. Além da compra, as mercadorias locais podem ser trocadas por bugigangas e lembrancinhas do Brasil. Para isso, um bom dicionário de francês pode ajudar nas negociações. E vale muito a pena pechinchar, pois os marroquinos são hábeis comerciantes.

Ao lado de Jeema El Fna fica a Mesquita de Kutubia, uma das mais importantes do mundo árabe. Um dos monumentos mais representativos de Marrocos, sua torre tem 69 metros de altura e uma largura de 12,8 metros.

Jardim do sultão


Hoje um pavilhão público, La Menara já foi exclusivo dos nobres do Marrocos

Um dos mais belos locais da cidade é o Jardim de La Menara, um pavilhão rodeado por oliveiras. No passado, o local era destinado aos encontros amorosos dos sultões da cidade. A construção foi erguida em 1870 sobre um tanque d'água do século XII. O lago artificial era enchido por um sistema hidráulico que trazia água do degelo da Cordilheira do Atlas.

Gueliz, a cidade moderna
Na terra do sultão, tudo é azul ou marrom, pois, segundo a cultura local, só pode haver duas cores, a do céu e a da terra. Logo, todas as casas são pintadas da cor da areia. Esta tradição quase milenar se estende também para o lado mais moderno da cidade, e até o McDonald´s teve de se adaptar.


Lojas comerciais da Gueliz, parte nova da cidade

Mesmo com a predominância da cor de terra, os prédios tem charme e abrigam lojas de grife e grandes hotéis internacionais. Ao fundo da Gueliz, encontra-se a periferia de arquitetura simples e gente muito pobre.

Entre beduínos e dunas
A partir de Marrakesh, chega-se ao Monte Atlas e ao deserto do Saara. As excursões são baratas e podem ser contratadas na hora. Três dias rumo ao interior são suficientes. A paisagem muda; e beduínos, vilarejos antiquíssimos, criações de ovelhas e cabras passam pelos olhos do turista. Há também diversos estúdios de cinema. Vale a pena também programar uma ida a Essaouira e conhecer suas muralhas e as peças da artilharia portuguesa. Mas isso é assunto para outro roteiro.


Eu, ao pé do Atlas, com minha montaria

* Mariana Vidal é jornalista e empresária

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Atualizado em 6 Set 2011.