Guia da Semana

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Grupo do Clube dos Amigos da Bicicleta na Av. Paulista

Você sabe andar de bicicleta? E patins ou skate? Parece uma pergunta boba já que está atrelado que a maioria aprende a se arriscar nesses meios quando criança, como naquela típica cena em que o pai solta o filho em sua magrela e o deixa andando sozinho na rua, sem as rodinhas auxiliares das laterais.

Na verdade não é bem assim. Não são todos que sabem andar de bicicleta ou de patins e muito menos de skate. Para isso, sabia que existem profissionais que ensinam essas três modalidades? Conversamos com alguns deles que nos contaram como são suas aulas, onde fazê-las e o que é necessário para aprender e sair por aí deslizando pelos asfaltos.

Bike no parque

Há cerca de cinco anos, Arturo Alcorta ensina adultos e crianças a pedalarem na Praça Panamericana, em São Paulo. "Minhas aulas duram cerca de 1h20 e cobro R$ 70,00 por período nos dias em que o aluno possui disponibilidade. Todos os que eu ensinei saíram pedalando seguros e sem medo de cair", conta o professor que faz parte do Escola de Bicicleta, onde escreve sobre suas experiências e a respeito da importância da magrela para muitos se locomoverem.

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Grupo de alunos da Bike Tour Club, em Curitiba

Em Curitiba, a Bike Tour Club é especialista em ajudar adultos e crianças de 5 a 80 anos a aprender a dominar a bicicleta. "A maioria das aulas são particulares, mas também ministramos aulas em grupo", explica o professor José Américo Reis Vieira. As aulas acontecem ao lado do Park Bike, na Rua João Guariza, no bairro São Lourenço. "Aproximadamente mil alunos já passaram pela Bike Tour Escola", completa. O valor total do curso é de R$ 200,00, com aulas de segunda a domingo, sendo agendadas com antecedência.

Aulas de patinação

Caso a vontade é de se equilibrar em um 'tênis com rodinhas', no Parque do Ibirapuera, na capital paulista, o técnico de patinação artística Julio Gutierrez dá aulas para crianças a partir de 7 anos, sendo que muitos cinquentões o procuram para tal. "Os adultos vêm às aulas para manter a forma". Julio cobra R$50,00 por um tempo de 90 minutos, além de fazer outros pacotes. Seu serviço também está disponível no Parque da Juventude (antigo Carandiru), Zona Norte da capital. Sempre de terça a sexta, das 19h30 até as 21h e, aos fins de semana, a partir das 8h.
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O professor Julio Gutierrez (a dir.)e
uma de suas alunas no Parque do Ibirapuera

Já Rosane Gehlen Oliveira, que é engenheira química, patinava todos os dias por hobby no Parque do Ibirapuera. Mas, quando foi convidada para participar de algumas competições, o amor pelo esporte cresceu e a patinadora chegou a ganhar alguns prêmios. "Em 2006, fui campeã brasileira da categoria Master de Patinação de Velocidade. Treinei com a Seleção Brasileira de Velocidade e aprimorei a minha técnica de patinação", conta. Foi a partir disso que começou a dar aulas de patinação. "As pessoas começaram a me perguntar se eu não poderia ensiná-las a andar e isso foi crescendo até eu criar a Speed In Line", diz.

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Técnica da professora Rosane Gehlen Oliveira ajuda os alunos a andar de patins com mais facilidade

A profissional usa uma maneira diferente de ensinar seus alunos. "Eu desenvolvi uma técnica própria, em que o aluno começa a patinar rápido, com a posição e postura corretas. Para isso, inseri nas aulas o artifício dele segurar uma bola na posição de patinação, a qual proporciona a correção do movimento de todo o seu corpo. Assim, ele presta atenção na bola e não nos pés e, por isso, equilibra-se corretamente, acelerando seu aprendizado" explica. As aulas acontecem no espaço do estacionamento do último piso da loja da Decathlon (Unidade Morumbi), no Parque das Bicicletas (localizado em Moema, Zona Sul de São Paulo) e no Parque do Povo (Itaim Bibi, também Zona Sul da capital). O valor para duas ou mais pessoas é de R$ 45,00/hora. Agora se a opção é particular, o valor vai para R$ 75,00/hora. Normalmente os ensinamentos acontecem nos fins de semana.

Skate para todos

O skatista profissional e recreador Cris Fernandes começou a dar aulas em 2002, quando percebeu que existia essa brecha no mercado. "Eu vi que poderia juntar o útil ao agradável e montei um pequeno projeto, dando aulas no Clube Hebraica, aqui em São Paulo" conta.

Na mesma época, ele criou o Brasil Skate Camp, um acampamento tematizado para skatistas de 7 a 17 anos, realizados nas férias de janeiro ou de julho. Depois montou o "Projeto Skate Escola", levando teoria e prática para diversos clubes de São Paulo. "Além de aulas em São Paulo, também temos professores em Curitiba, Salvador e Uberlândia, no Triângulo Mineiro", completa.

A procura para aprender a andar de skate é mais de crianças e adolescentes, mas Cris conta que possui alunos de 46 anos. "Normalmente dou aulas uma vez por semana. Caso o aluno prefira mais dias, combinamos o horário. Eu cobro o pacote fechado de R$ 250,00 por mês. Mas, se quiser pagar por aula, sai no valor de R$ 70,00 por hora" explica o skatista.

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Durante uma das aulas de um grupo do Brasil Skate Camp

"Qualquer um pode aprender a andar de skate, pois, além de trabalhar o seu corpo, ele também trabalha sua mente. Já tivemos caso de crianças que não se concentravam na sala de aula e depois de começarem a praticar, começaram e ter mais atenção", diz o professor. Na capital paulista, as aulas acontecem no Parque do Ibirapuera ou Villa-Lobos. Há também a opção da aula ser no prédio do próprio aluno.

Segurança em primeiro lugar

Para praticá-los é necessário o uso de equipamentos de segurança, pois quedas e pequenos acidentes acontem no começo. "Durante todas as aulas, recomendo o uso de capacete, munhequeiras, joelheiras e cotoveleiras", diz a professora de patinação Rosane Oliveira.

Para os que estão aprendendo a andar de bicicleta, José Américo, professor da Bike Tour, recomenda o uso de equipamentos tanto durante as aulas quanto após o término do curso. "Eu digo para o aluno usar um bom tênis, calça de ginástica ou de ciclista, pois é mais confortável, capacete, luvas, joelheiras e cotoveleiras. Essa última, nós fornecemos durante as aulas", diz.

Já nas aulas do skatista Cris Fernandes é obrigatório o uso de cotoveleiras, joelheiras e capacete. "É preciso usar todo o equipamento de segurança, assim, o aluno fica protegido de qualquer acidente e, caso caia, não tenha grandes machucados", esclarece.

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O uso de equipamentos de segurança
é obrigatório durante as aulas

É experiente? Então junte-se a eles

Projeto voltado somente para a mulherada que gosta de andar de bicicleta, o Saia na Noite foi criado em 1992 por um grupo que já praticava o ciclismo em São Paulo. A organizadora Teresa D'Aprile também dá aulas de bike para mulheres que já tenham uma intimidade com a bike. "A minha parte é mais técnica; ensino como utilizar as marchas quando vai subir um morro por exemplo ou na reta, dependendo da velocidade", conta a professora que realiza as aulas no Parque Villa-Lobos ou no Parque da Bicicleta.

Ainda para os amantes da magrela, o Clube dos Amigos da Bike, que existe há mais de 10 anos, promove toda segunda o Pedal Light, ideia que tem a finalidade de propiciar às pessoas uma atividade física e saudável, que atua diretamente em melhores condições para São Paulo. "Queremos fazer com que as pessoas utilizem a bicicleta como meio de saúde, transporte e lazer, deixando seus carros em casa e mostrando para as outras pessoas da sociedade que a bicicleta existe eé possível usá-la como meio de transporte", explica o professor de Educação Física e especialista em ciclismo, Sérgio Augusto Affonso, 39 anos. O passeio é grátis e participam cerca de cem pessoas, dependendo da semana. Boa pedalada!

Atualizado em 27 Out 2011.