Guia da Semana

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Empacotar, não esquecer nada, check-out, táxi, aeroporto, check-in, comer, raio-x, sala de embarque, apertar os cintos.

Para a maioria o dia da viagem - tanto na ida, quanto na volta - é perdido. Uma lástima, especialmente se estivermos falando de viagens de curta duração. Muitas vezes o bicho-de-sete-cabeças do viajante é o aeroporto. E os receios? De perder o check-in, de não achar a sala, de perder o voo, de extraviar a mala...

Os aeroportos não são complicados. É preciso entender sua dinâmica, quase sempre a mesma. Com isso, o pobre turista se sentirá em casa para não sucumbir mais aos procedimentos aeroportuários e, convenhamos, não pagar mais micos também:

Invariavelmente o embarque fica no piso superior e o desembarque no piso inferior. Os balcões das companhias aéreas podem variar, mas o mais comum é que fiquem no piso do embarque, por razões óbvias.

A velha regra de comparecer no check-in uma hora antes para voos domésticos e duas horas antes para voos internacionais permanece. Não é recomendável também que se coma no aeroporto. Tudo é muito caro e não tem nada leve, o que pode causar uma bela indisposição durante o voo. Após o check-in vá para a sala de embarque, pois os procedimentos de raio-x e documentação podem levar tempo, especialmente em voos internacionais, que tem legislação mais rígida. Falando nisso, lembre-se de despachar na bagagem líquidos com mais de 100 ml, objetos cortantes, perfurantes e inflamáveis. Não tem discussão com as autoridades sobre isso: Se estiver na bagagem de mão tudo será descartado.

Na hora de embarcar, não é necessário formar filas, já que os assentos são previamente marcados e o procedimento de embarque é organizado. Com o check-in realizado, eles não vão te esquecer lá sem antes anunciar seu nome inúmeras vezes nos alto-falantes.

O manual dos bons costumes a bordo toca no bom senso. O espaço apertado é dividido com muitas pessoas. Nada de música alta, conversas infinitas, luzes acesas durante a noite e saídas frequentes.

Sua mala não vai fugir, a polícia federal não vai correr, o avião não vai partir com você dentro. O desembarque é a hora em que até os mais elegantes perdem a compostura e se acotovelam por um espaço na esteira de bagagens.

Na polícia só é necessário apresentar o formulário de imigração (na ida) e o passaporte válido (na ida e na volta). Para a Receita, entrega-se o formulário preenchido que é dado dentro do avião. Faça isso no avião mesmo, que é quando você tem tempo. Bens adquiridos no exterior com valor total superior a US$ 500 devem ser declarados sob pena de multa. A taxa de importação é de 50% sobre o que ultrapassar a cota pessoal de US$ 500. Caso não tenha nada a declarar, há uma fila para isso. Mas saiba que, ainda assim, a Receita pode querer vistoriar suas malas. Portanto, não sonegue. A multa é salgada, acrescida ao valor da taxa de importação.

Para conexões internacionais, as malas são direcionadas automaticamente. Para voos domésticos, geralmente não. Contudo, quase sempre há algum funcionário da companhia para direcionar os viajantes.

Aeroportos são locais muito bem sinalizados e autoexplicativos. Preste atenção nas placas e tudo vai ser mais fácil. Cuidado, pois aeroportos são áreas de segurança. Nunca deixa sua bagagem abandonada e evite comportamentos exagerados que possam gerar suspeitas.

Seguindo algumas destas dicas, o dia de voar pode ser só mais um. Aproveite até o último instante e boa viagem.

Quem é o colunista: Victor Gouvêa.

O que faz: Turismólogo-Blogueiro.

Pecado Gastronômico: Bolos, tortas e afins!

Melhor lugar do mundo: Montmatre.

Fale com ele: victtorgs @hotmail.com ou acesse seu blog.

Atualizado em 6 Set 2011.