Religiosidade, cultura, arte, ouro, disputas, ostentação e requinte. Tudo isso pode ser visto e sentido nessas duas cidades, pequenas e com ares de interior, conservam em seus quatro cantos traços do Brasil Colonial, do barroco-mineiro e da exploração do ouro.
O nome Ouro Preto vem do metal escuro, encoberto por uma camada de óxido de ferro, encontrado na região. O município tem cerca de 20 igrejas históricas e 10 casarões coloniais conservados. Berço do escultor Antônio Francisco Lisboa, o famoso Aleijadinho, conta com um dos acervos de arte sacras mais importantes do país, além do maior conjunto de arquitetura barroca. Um rápido passeio pelo centro histórico é o suficiente para encher os olhos e reavivar a memória, já que sua arte vai do barroco mais simples, presente em pequenas capelas, até o estilo rococó das Igrejas de São Francisco e do Carmo.
Ouro Preto foi capital de Minas Gerais e sede do episódio da Inconfidência Mineira. Em 1938, foi tombada como Patrimônio Nacional e, em 1980, declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
A apenas 15 quilômetros dali está Mariana, a primeira vila, a primeira capital mineira e a primeira cidade projetada em Minas. O nome do município foi uma homenagem à esposa de Dom João V, Maria Ana D´Austria. O local foi o centro religioso do estado, tornando-se sede do primeiro bispado mineiro. Igrejas, santuários, casarões, praças históricas, minas, monumentos, museus e ricas paisagens naturais fazem parte do cenário.
Assim como Ouro Preto, Mariana teve filhos ilustres, como o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa, o pintor sacro Manuel da Costa Ataíde e Frei Santa Rita Durão, autor do poema Caramuru. Em 1945, foi considerada Monumento Nacional.
Roteiros especiais
Os turistas que optarem pela viagem de carro até Ouro Preto e Mariana podem conhecer dois pontos turísticos diferenciados, localizados entre as duas cidades. A cinco quilômetros de Mariana, sentido Ouro Preto, está Minas da Passagem, a maior mina de ouro aberta à visitação - de onde já foram retiradas cerca de 35 toneladas de ouro desde sua fundação no século 18. Aqui, os aventureiros descem para galerias subterrâneas por meio de um trólei a 120 metros de profundidade. No local, é possível avistar um lago natural.
Outro passeio imperdível para quem colocou o pé na estrada é o Parque Estadual do Itacolomi, na serra entre os dois municípios. A Unidade de Conservação Ambiental abriga o Pico do Itacolomi, com 1.772 metros de altitude, 7.543 hectares de matas, rios, córregos, nascentes, mais de 200 espécies de aves e animais ameaçados de extinção, como o lobo-guará, a ave-pavó, a onça parda e a ave migratória andorinhão-de-coleira, além de macacos, micos, tatus, pacas, capivaras e gatos selvagens. No parque também se encontra a Fazenda São José do Manso, com a Casa do Bandeirista, construção do século 18, e o Museu do Chá.
Como chegar: a partir de Belo Horizonte, BR-040 e BR-356.
Foto: Divulgação/ Secretaria de Cultura e Turismo de Ouro Preto
Atualizado em 6 Set 2011.
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