Guia da Semana

Foto: Marcelo Martins


No último final de semana, encontrei um amigo "catarina" que não via há, pelo menos, uns quatro anos. Quando ele me perguntou se eu sentia saudades de Blumenau, respondi prontamente: "Nossa, não!". Confesso que depois fiquei pensando porque fui tão incisiva na reposta, já que vivi oito felicíssimos anos naquele pequeno recanto germânico.

O fato é que, com cerca de 310 mil habitantes, Blumenau é uma das cidades mais lindas, organizadas, limpas e bem cuidadas de Santa Catarina. Apesar de ser mais famosa pela Oktoberfest e pelas enchentes que já a castigaram, a terra fundada pelo Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau oferece muito mais do que 17 dias de chope gelado.

Não conheço uma pessoa sequer que não tenha se surpreendido positivamente ao chegar na cidade pela primeira vez. As ruas centrais são bonitas, há canteiros impecáveis e jardins em praças espalhados por toda parte. As ruas 15 de Novembro e Beira Rio, bem como o entorno da Vila Germânica e do Parque Ramiro Ruediger, são ótimos exemplos desse modelo de paisagismo.

A Vila Germânica, em si, é uma atração à parte, pois é o ponto turístico mais conhecido de Blumenau. O complexo oferece ótimas opções gastronômicas e lojas de produtos típicos, como canecas, roupas e souvenirs em geral. A vila pode ser visitada durante todo o ano, apesar de "bombar" em outubro. No entanto, se você pretende olhar as lojas e a arquitetura com calma, comer e beber sentado e ter espaço para respirar, sugiro não visitá-la durante a Oktoberfest. Fica a dica.

Para os que curtem lazeres culturais, museus bacanas não faltam: há o Mausoléu Dr. Blumenau - construção que abriga os restos mortais do fundador da cidade e guarda grande parte de sua história; e o Museu da Família Colonial - complexo de três casas e um jardim com cemitério de gatos que abriga memórias das famílias Schwartz, Rohkohl, Dietrich, Gaertner e Wenderburg, colonizadoras da cidade.

Para os amantes da cevada, há o Museu da Cerveja, que guarda a história da bebida na região e informa desde os processos artesanais de produção dos séculos passados até os dias atuais. Além disso, dispõe de peças antigas de fabricação de 1890 e da década de 1920.

Para os menos etílicos, o Museu da Água é uma opção interessante de visitação. Lá, é possível conhecer a estação de tratamento e purificação da água retirada do Rio Itajaí-Açu e apreciar a vista do mirante, do qual é possível observar quatro bairros de Blumenau.

Rodando pela cidade, a pé ou de ônibus, as paradas obrigatórias são a Praça Hercílio Luz, a ponte Metálica, a Prefeitura Municipal, o Teatro Carlos Gomes e o Parque São Francisco. Os que gostam de se aventurar não podem deixar de visitar o Spitzkopf, um parque ecológico com uma trilha que leva até o ponto mais alto de Blumenau, situado a quase 1000 m de altitude.

Alguns destes lugares não visito há mais de cinco anos... Creio que a última vez que estive em Blumenau foi em agosto de 2010, numa consulta rápida de dentista. Ainda tenho família na cidade, bem como alguns dos melhores amigos de infância e adolescência. É por eles que voltarei lá daqui a duas semanas, para uma formatura. Pensando bem, eu tenho sim saudades dessa pequenina Alemanha no Brasil.

Leia as colunas anteriores de Gabriela Forlin:

Um mergulho na Costa Esmeralda

Balneário Camboriú em dois dias

Quem é a colunista: Alguém que tenta ser a diferença que quer ver no mundo.

O que faz: Jornalista e tradutora.

Pecado gastronômico: Qualquer coisa que contenha chocolate ou maracujá.

Melhor lugar do mundo: Depois de conhecer o mundo todo eu conto! Mas Ilhas Fiji e Deserto do Saara já estão no TOP 10..

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: De Amy Winehouse a Jorge Drexler, The Strokes a David Guetta, The Kooks a Franz Ferdinand, Leoni a Katy Perry, Ben Harper a Lulu Santos, Oasis a Paulo Miklos, e por aí vai...

Fale com ela: Acesse seu Facebook ou siga seu twitter.


Atualizado em 6 Set 2011.