Guia da Semana

Foto: Arquivo Pessoal



Saindo de Victoria, na província de British Columbia, no Canadá, segui rumo ao Pacific Rim National Park Reserve of Canada, Parque Nacional que fica localizado na costa oeste de Vancouver Island, voltada para o Oceano Pacífico. A primeira parada foi Ucluelet, cidade pequena que é conhecida pelos pontos de observação de baleias. A primavera é a época em que há uma grande migração desses animais, o que proporciona um espetáculo para os turistas.

O município está a 288 quilômetros da capital provincial e o caminho de carro é saindo pela rodovia 1 N. Há placas por todo o trajeto, por isso não há como errar. Em Ucluelet, as diversões estão ligadas ao mar. Surfe, canoagem e passeios de barco são algumas das atividades, além de caminhadas e a surpreendente observação de tempestades no mar. No local, há vestígios de nações nativas que estiveram presentes na região, e o comércio é voltado para essa característica. A trilha mais famosa é a West Cost Trail, com 75 quilômetros de extensão, uma das mais difíceis da América do Norte. Pode levar de cinco a sete dias para ser completada, o que exige preparo e experiência.

É comum ver, além das baleias no oceano, animais selvagens andando pela cidade. Tive a sorte de topar com uma família de cervos procurando por comida no quintal do albergue, além de esquilos, águias e mais alguns pássaros da região.

O distrito de Tofino fica a 40 quilômetros de Ucluelet e no caminho para chegar até lá é que fica a melhor parte: o Pacific Rim National Park Reserve of Canada. Para quem curte natureza, é imperdível. A neve do fim do inverno, quando estive por lá, só ajudou a ressaltar ainda mais a beleza do lugar. Para alcançar as praias, é preciso andar por trilhas de chão de madeira nas florestas preservadas (totalizando 8,5 quilômetros de extensão, dividida em trechos menores), que são moradias de animais que não habitam as matas brasileiras. Os alertas de ursos e alces dão mais adrenalina ao passeio.

Há diversos pontos para piqueniques ao longo do parque. Como fica próximo ao Oceano Pacífico, venta bastante e o clima é úmido, por isso é preciso levar um casaco de material impermeável, não importa a estação do ano. Há diversas casas de informações turísticas pela estrada.

Chegando em Tofino, já dá para perceber que ela é voltada para o turismo de verão. Suas praias são o ponto forte e um polo de surfe. No inverno, as ruas são mais vazias e as fortes tempestades típicas da cidade dão medo à noite, mas nada que espante a atmosfera leve e descontraída da pequena cidade. Como em qualquer lugar turístico, há vários restaurantes interessantes para atender aos mais variados gostos. Mas, claro, frutos do mar são o carro-chefe.

E assim acabou minha imersão pela costa canadense. Agora, era hora de voltar para Vancouver e, de lá, para o Brasil. O interessante dessa viagem foi poder ver não só a interferência das diferentes pessoas nas cidades, mas as áreas em que ela é administrada para que aconteça o menos possível. Um Canadá de cultura em constante mudança, pelas imigrações que formaram o país e que continuam a acontecer até hoje, e de natureza preservada.

Leia as colunas anteriores de Fernanda Salla:

De carro por Vancouver Island

Vancouver acima de zero


Quem é a colunista: Fernanda Salla.

O que faz: Jornalista e Relações Públicas.

Pecado gastronômico: Experimentar pratos novos e diferentes.

Melhor lugar do Mundo: O lugar da minha próxima viagem.

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Atualizado em 6 Set 2011.