Guia da Semana

Fotos: Monica Campi
Praia de Porto de Galinhas

Olá! Na coluna passada dividi com vocês o começo da minha incrível experiência no Nordeste, falei sobre o planejamento da viagem e nossa primeira parada, a linda praia de Maragogi, no Estado de Alagoas. Mas a minha viagem não parou por aí! Ainda tínhamos mais três dias pela frente.

Bom, logo depois que almoçamos em Maragogi, seguimos de volta, em direção a Recife, mas com parada obrigatória em Porto de Galinhas. Infelizmente - até pelo lema da viagem ser Amazing Race - não pudemos ficar muito tempo por lá, mas aproveitamos o mar de águas mornas e limpas, e o lindo pôr-do-sol - que no Nordeste todo ocorre já a partir das 4 e meia da tarde!

A praia de Porto de Galinhas faz parte do município de Ipojuca, em Pernambuco, e recebeu esse nome durante o período de colonização, quando navegadores europeus traziam para a região navios repletos de galinhas. O município também agrega a praia de Muro Alto, onde fora gravado cenas da novela global Paraíso Tropical. Não é de se estranhar porque a emissora carioca escolheu a região para gravar seus programas.

As praias de Ipojuca são muito conhecidas mundialmente e são procuradas por pessoas de todos os lugares, como Israel, Espanha, França e EUA. Porto de Galinhas possui mais infra-estrutura do que o restante das praias do município, com muitos bares e restaurantes e lojinhas de souvenir. A vida noturna nessa região não costuma ser muito agitada, mas quase todas as noites em algum bar há bandas que tocam ao vivo.

Mas o sol já estava se pondo e chegou nossa hora de partir e seguir rumo a Recife. E claro que, quem vai até Recife, vai também até Olinda! Parada histórica obrigatória - para aqueles que se interessam pela cultura de nosso país -, a cidade fica a apenas 6 km de distância da capital Recife e também é muito procurada por aqueles que querem conhecer as históricas ladeiras de Olinda. Durante a baixa temporada a região não costuma ser muito visitada por turistas, ainda que haja muito movimento, portanto pode ser uma boa mudar os planos e viajar durante os meses de março e abril ou agosto e setembro, quando o clima ainda é bastante agradável - no inverno não costuma fazer frio, mas o tempo fica mais nublado - e não há aquele trânsito de pessoas que é visto na alta temporada.

Como já estava anoitecendo não pudemos rodar muito por lá, pois ainda tínhamos que ir para Campina Grande, onde estávamos hospedados na casa de um amigo. Uma longa jornada, que durou mais de 3 horas desde Recife. No dia seguinte nos preparamos para continuar nossa louca viagem, dessa vez seguindo para Natal e mais de 4 horas no carro!



Mal saímos de Campina Grande - atrasados no schedule pelo cansaço do dia anterior - e depois de rodar mais de 100 km na chuva eis que nosso carro tem sua primeira baixa: um pneu furado! Isso mesmo, pneu totalmente vazio em plena rodovia BR-230 - que liga Campina Grande à capital João Pessoa e que está sendo duplicada por meio do PAC - debaixo de uma chuva torrencial e sem poder colocar o step, pois a chave de roda do carro estava espanada! Mas a solidariedade prevaleceu e após algum tempo pedindo ajuda na estrada, um senhor parou seu carro e veio nos ajudar. A chave de roda dele não servia, mas ele ainda sim nos ajudou levando um de nossos amigos até um borracheiro de beira de estrada que estava ali por perto.

Após esse incidente perdemos um tempo precioso, além de já estar próximo ao horário do pôr-do-sol, e tivemos que mudar a ordem do nosso roteiro de deixar a praia da Pipa para ser visitada no outro dia. E seguimos para Natal. Chegamos por lá já no início da noite e fomos direto para o hotel, para descansar antes de sair novamente. Como estávamos dentro do carro há tempos, a fome já tomava conta de nós. Demos uma volta pela orla da cidade e paramos em alguns restaurantes por lá, até escolhermos onde ficaríamos. E então encontramos um rodízio de camarão por um preço convidativo - serviam desde camarão alho e óleo até moqueca e espaguete. Não foi uma das melhores refeições que já fiz, mas foi o suficiente para deixar de comer camarões pelo resto da viagem! Mas posso dizer que foi uma experiência saborosa e que - daqui algum tempo, claro - com certeza farei de novo.

Depois de mais um dia agitado o jeito foi voltar para o hotel e dormir, pois o dia seguinte prometia e nos faria chegar à conclusão de que Natal é ainda mais bonita durante o dia! Mas a terceira - e última parte - dessa nossa viagem Amazing Race, fica para a próxima coluna. Até lá!

Quem é a colunista: Monica Campi

O que faz: jornalista

Pecado gastronômico: doces e junkie food

Melhor lugar do Brasil: Todo o Nordeste

Fale com ela: [email protected]




Leia a coluna anterior da Monica
Nordeste ´arretado´

Atualizado em 6 Set 2011.