Guia da Semana

Foto: Divulgação

O Trem do Pantanal vai da capital Campo Grande ao município de Miranda

Partida às 7h30, em ponto. Mais de oito horas de viagem, em 220 Km de trilhos. Paradas estratégicas para almoçar e esticar as pernas. Guias explicando detalhes da cultura local, com direito a diversos "causos" regionais. Para completar, obras de artesanato e paisagens maravilhosas. Gostou? Então prepare-se para embarcar no Trem do Pantanal, que agora volta a circular com força total, após 14 anos parado na estação.

A todo vapor


Foram investidos mais de R$ 18 milhões no projeto

O retorno tem como objetivo principal incentivar o turismo regional. Todo o projeto foi idealizado pelos coordenadores dos fundos de pensão Funcef e Previ, que além de trazer novos visitantes ao local, pretendem promover o resgate cultural do Pantanal, retomando uma missão iniciada quando ainda eram proprietários da malha ferroviária (hoje sob responsabilidade da América Latina Logística, em parceria com a Serra Verde Express e o Governo do Estado do Mato Grosso do Sul).

O trajeto concentra-se no Mato Grosso do Sul, mais especificamente de Campo Grande a Miranda, passando pelos municípios de Piraputanga, Taunay, Aquidauna e Indubrasil, com cinco estações turísticas no meio do caminho. Mas apesar de bucólico, reativar o roteiro não foi simples. Muito menos barato. Para o projeto sair do papel, foram necessários mais de 18 anos, além de um investimento de R$ 18 milhões

Mas ao que tudo indica, o retorno será lucrativo. Espera-se que o passeio movimente diversos setores da economia regional, gerando visibilidade internacional para os atrativos do Estado. "Antes era um trem de transporte e agora é turístico. A procura está muito grande. Já conseguimos fechar acordos com operadoras fora do país, algumas europeias já estão fechando grupos mensais a partir de janeiro", conta Adonai Arruda Filho, diretor comercial de marketing da Serra Verde Express.

De estação em estação


Os turistas podem apreciar as belezas da região durante o projeto

Saindo de Campo Grande, a primeira parada é realizada em Aquidauana, principal estação do roteiro, que pode ser explorada pelos passageiros durante três horas. Logo na entrada da cidade, a Igreja Matriz Imaculada Conceição chama atenção por seu estilo gótico. Para os visitantes que preferirem uma exploração intelectual, uma boa pedida é a Praça Afonso Pena, que abriga a Biblioteca Municipal. O local ainda serve de palco para eventos típicos e festas regionais. É ainda no município que os passageiros têm a oportunidade de almoçar e degustar algumas das iguarias da culinária matogrossense.

Conforto e diversão

Os vagões são divididos em três classes: econômica, turística e executiva. Os preços variam de R$ 23 a R$ 126, dependendo do setor escolhido. Mas a maior novidade fica por conta do vagão-bar, além das atrações culturais oferecidas durante a viagem. "São guias a bordo, além de shows, música e artistas de teatro, que vão passando de vagão em vagão, com apresentações da cultura e das lendas da região", conta o diretor.

O Trem do Pantanal ainda está passando por alguns ajustes de expansão e até dezembro deverá abrigar até 282 passageiros. Em 2010, a meta é que seus vagões comportem até 414 pessoas. Para os interessados em aproveitar o passeio à moda antiga, as saídas acontecem todos os sábados, às 7h30 (Campo Grande a Miranda) e aos domingos, 8h30 (Miranda a Campo Grande). Basta comprar a passagem e boa viagem!

Serviço:
Pantanal Express:
(67) 3029 0759

Atualizado em 6 Set 2011.