Pensando nisso, o Guia da Semana selecionou os cinco principais roteiros turísticos para os aventureiros de plantão. Antes de colocar a bússola na mochila e amarrar as botas, confira o que de melhor a natureza pode oferecer para você fazer com os pés no chão.
Kalalau Trail - Kauaí, Hawaí
Foto: divulgação/ site Kalalautrail
Com vales profundos e estreitos, essa caminhada tem cachoeiras e correntezas de fluxo intenso, fornecendo acesso somente pela parte da costa acidentada. A trilha percorre cinco vales antes de terminar na Kalalau Beach. Originalmente criada em 1800, partes da trilha foram reconstruídas em 1930. Para os mochileiros experientes, é recomendado começar o trajeto cedo, já que a caminhada tem 11 quilômetros. O espaço oferece oportunidades ilimitadas para a natação e jacaré. Plantas tropicais e raras crescem em penhascos inacessíveis e cabras selvagens são frequentemente vistas ao longo da rota.
Dica: como a trilha começa a cerca de 60 quilômetros do Aeroporto Lihu'e, a melhor coisa é chegar com carro alugado. Todas as áreas de camping estão localizados em terraços sombreados próximos a córregos.
Monte Everest Base Camp Trek, Nepal
Foto: Wikipedia
A deusa mãe da Terra para os nepaleses, a mais alta montanha do planeta, com 8848 metros é o grande sonho de aventureiros e alpinistas do planeta. As trilhas para chegar até a base do Everest são as mesmas utilizadas há centenas de anos pela população local, já que esse é o único meio de locomoção na montanha. O ponto inicial da caminhada é o parque Nacional Sagarmatha, cujo trajeto passa por vilarejos e monastérios. Um dos percursos mais longos entre os citados, são necessários dez dias caminhando cinco horas diárias para completar o trekking.
O Everest tem duas rotas principais de ascensão, uma pelo cume sudeste no Nepal e outro pelo cume nordeste no Tibete. Além disso, há mais 13 outras rotas menos utilizadas. A religião, os costumes, a história dos povos fazem do Nepal uma aventura muito além do simples trekking.
Dica: a melhor época do ano para tentar a subida é no período das monções, pois nessa época reduz a velocidade média das rajadas de vento. Em setembro e outubro, a escalada é mais difícil pelo acúmulo de neve.
Fitz Roy Grand Tour, Patagônia, Argentina
Foto: Wikipedia
A Patagônia Argentina reserva essa região como a capital nacional do trekking. No inverno, o público caminha pela neve com raquetes e avista lindas paisagens em meio a lagoas e cachoeiras congeladas dentro do Parque Nacional Los Glaciares. Em ambas as estações do ano pode-se contemplar os imponentes Fitz Roy (3,405 metros) e o Cerro Torre (3,128 metros) - este último considerado a montanha mais difícil de ser escalada no mundo.
As caminhadas dividem-se em dois tipos: até 1 hora e as que duram de 2 a 5 horas. O primeiro grupo é para os que têm pouco tempo e começam a atividade próxima ao meio- dia, apresentando uma vista panorâmica, vales e cascatas. Entre elas, o Mirador de los Córdores, o Chorrillo del Salto, a Garganta del Rio Fitz Roy e o Cañadón del Rio de lãs Vueltas. Já as mais extensas ocorrem dentro do Parque Nacional Los Glaciares e incluem roteiros clássicos, como Glaciar Piedras Blancas, Campamento base DeAgostini e Valle del Rio Eléctrico.
Dica: A maioria das trilhas passa por encostas suaves que não apresentam dificuldades para uma pessoa com estado físico "normal". A região é famosa por seu clima em mudança e ventos fortes durante o verão.
Monte Kilimanjaro, Tanzânia
Foto: Wikipedia
Considerado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, o monte é chamado de o "telhado da África", com uma altura de quase 6 mil metros. O Kilimanjaro é composto por três vulcões Mawensi, Shira, e Kibo, sendo que somente o último é ativo e ainda emite fortes odores de enxofre. Para subi-lo não precisa de técnica específica de escalada, mas é necessário aptidão física e determinação, já que apenas 40% das pessoas que tentaram escalar chegam ao seu topo. Existem cinco rotas básicas para a subida do monte com diferentes graus de dificuldade e beleza.
A caminhada demora em média cinco dias e abrange cerca de 80 quilômetros, somente à pé. A maioria das pessoas opta por usar a medicação para evitar a doença relacionada a altitudes mais elevadas, quando os níveis de oxigênio chegam à metade da quantidade comum ao nível do mar.
Dica: as melhores épocas para escalar é entre janeiro e fevereiro, junho e setembro, quando a região está seca. Na estação das chuvas, o turista corre o risco de perder a visibilidade devido ao acúmulo de nuvens.
Routeburn da Nova Zelândia Track
Foto: Wikipedia
Um dos percursos mais acessíveis e populares para as florestas e montanhas da Nova Zelândia, o Routeburn Track é uma extensa trilha que passa por dois parques nacionais, Fiordland e Mount Aspiring, e está situado no Sudoeste da ilha. O Departamento de Conservação da Nova Zelândia Departamento classifica esta faixa como uma grande caminhada e mantém quatro barracas ao longo dela: Routeburn Flats Hut, Routeburn Falls Hut, Mackenzie Hut, e Howden Hut. Com lagos cristalinos, cascatas e bacias Alpinas, tem uma grande variação vegetal dentro da sua paisagem. Routerburn Track serviu de cenário para a trilogia do Senhor dos Anéis.
Dica: O percurso é de fácil acesso e a caminhada completa dura cerca de quatro dias, em 45 quilômetros. A melhor época para visitar o lugar é entre novembro e abril.
Confira alguns cuidados antes de encarar uma trilha |
Informação: procure a maior quantidade possível sobre a trilha que irá fazer, como distância total, nível de dificuldade, logística, acomodações e riscos.
Estude: conheça os detalhes da trilha e todos os itens que está levando, como GPS, bússola, mapas, etc. Experimente a mochila e as diferentes formas de armazenamento das coisas nela, otimizando e balanceando o peso. |
Atualizado em 6 Set 2011.