Guia da Semana

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Levar para passear, comprar assessórios, mimos e tudo mais para deixar seu animal de estimação confortável são práticas corriqueiras nos dias de hoje. Para confirmar como os pets ganharam tamanho espaço nos lares brasileiros, pesquisas recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o país é o segundo mercado do mundo em número de cães e gatos. Cerca de 29 milhões de caninos e em média 13 milhões de felinos fazem parte dos lares nacionais, ou seja, aproximadamente 60% dos domicílios brasileiros têm seus bichinhos como um membro da família.

O importante é não deixar de lado os cuidados da saúde de seu companheiro. Para saber isso, você se lembra quando foi a última vez que vacinou seu animal? Muitas vezes por desatenção - e até mesmo falta de informação - os donos deixam de lado a carteira de vacinação que deve acompanhar cães, gatos e outros animais durante toda a vida deixando o bicho de estimação a mercê de doenças e bactérias que poderiam ser facilmente evitadas.

Efeito no seu pet

Comum durante toda a vida dos animais, as vacinas são produtos biológicos que protegem contra determinadas doenças. Elas são fabricadas a partir de partes dos microrganismos que estimulam os órgãos a constituir uma proteção. No caso dos animais, a fórmula não é diferente. Quando um bichinho é vacinado seu organismo tem a oportunidade de prevenir a doença sem os riscos da própria infecção e desenvolve proteínas - os famosos anticorpos - que destroem o microrganismo com a doença. "Diferente do que muitas pessoas pensam, é preciso lembrar que os animais precisam ser vacinados anualmente e não apenas quando são filhotes", ressalta o veterinário e diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care Marcelo Quinzani.

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Quando vacinado, o organismo do pet guarda a fórmula na memória e produz os anticorpos durante muito tempo, muitas vezes ou até mesmo a vida toda. Com isso, caso seu animal fique novamente exposto à doença, as proteínas inibem os microrganismos antes que eles encontrem uma forma de instalar o vírus. "A única vacina obrigatória é a antirrábica - gratuita no mês de agosto em escolas e centros de zoonoses em todo o país - porém as mais importantes para a saúde do animal são a V8 ou V10 que protegem contra as principais viroses de cães. Outras tidas como menos importantes, mas que poderiam surtir efeito também é a vacina contra gripe canina (principamente nos meses de inverno) e a vacina contra giárdia (parasita)", aconselha o veterinário.

Sempre por perto

Os medicamentos só podem ser comercializadas e aplicados por médicos veterinários, pois são eles os responsáveis pelos cuidados de armazenamento e manipulação do produto. Portanto, quando optar por escolher um bichinho preocupe-se em conseguir logo um profissional que cuide da saúde dele. Feito isso, para que não haja problemas futuros, todos os animais devem passar por uma avaliação clinica antes de receber a imunização. "Em uma avaliação são verificados itens como idade, data da última vacinação e quais vacinas já foram aplicadas. Também o estado geral, condição física, estado da pelagem, peso atual e anterior, temperatura, antecedentes mórbidos, doenças concomitantes, possibilidade de gestação, entre outras informações importantes para avaliar se o animal deve ser vacinado ou não", explica Marcelo. Vale lembrar que animais doentes, filhotes com menos de 30 dias, fêmeas em gestação e com históricos de reações alérgicas não devem receber vacinação.

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Viagem

É muito comum que em períodos de férias, as famílias levem o animal de estimação para uma viagem. E nessa hora os cuidados devem ser redobrados.
A princípio o proprietário deve evitar levar o bicho junto, já que em muitos casos não há infraestrutura adequada para recebê-lo. De acordo com o veterinário Marcelo, normalmente o mais comum é que apenas cães e gatos acompanhem os proprietários em pequenas viagens de final de semana. "Já os outros animais, como peixes, aves, roedores e tartarugas somente devem ser transportados em caso de mudanças ou viagens definitivas", afirma.

Para não passar nenhum apuro, o ideal é verificar com antecedência se o local para o qual está indo possui espaço para seu companheiro. Além disso, atentar-se a documentos necessários do animal como atestados de vacinas, saúde e outros exigidos nas diferentes viagens. É fundamental que eles estejam em dia, assim como as caixas de transportes adequadas, cuidados com a temperatura e alimentação - deixar o animal em jejum de agua e comida de 4 a 6 horas. Caso seu bichinho passe por alguma dificuldade, o proprietário nunca deve medica-lo, portanto o dono deve ter um contato telefônico com um veterinário de confiança, pois em alguns locais normalmente não há veterinários de plantão.

Saiba para que servem as vacinas aplicadas nos cães e gatos!




Atualizado em 6 Set 2011.