Guia da Semana

Foto: scx.hu


Distração, tumulto, sobrecarga de atividades. Os motivos variam de uma história para outra, mas, a conseqüência é sempre mesma. Afinal, quem é que nunca perdeu um objeto pessoal nas idas e vindas da vida? Aos que passam por esse tipo situação, vale recorrer às sessões de Achados e Perdidos, onde quem procura quase sempre encontra. A possibilidade de sucesso na busca é incerta. No entanto, na dúvida o melhor a fazer é tentar.

Esses departamentos são comuns a estabelecimentos públicos e privados, sendo responsáveis pelo recolhimento, armazenamento, controle e devolução de bens alheios. A Central de Achados e Perdidos do metrô de São Paulo se perpetua na função há 32 anos, como um símbolo de confiabilidade na capital paulistana. A repartição recebe em média 2 mil novos itens todos os meses. Desse total, 70% são documentos e os 30% restantes são objetos, na maioria das vezes sem identificação, como óculos, guarda-chuvas, bolsas, sacolas, pastas e aparelhos celulares. O índice de devolução é 30% em média.

Fora isso, as quantias em dinheiro resgatadas pelo setor somam uma média de R$ 6 mil, por ano. Em 1997, um fato de bastante repercussão chamou atenção da imprensa e população: US$ 700 dólares foram encontrados na estação Santa Cruz. Assim que foi noticiada a perda, 19 pessoas se apresentaram como possíveis responsáveis pela quantia. Contudo, só uma delas fez a descrição precisa de como foi recuperado o montante que foi devolvido.

Histórias e relatos
Foto: sessão de achados e perdidos do metrô
Nessas três décadas de atividades, muitos achados e perdidos já passaram pela Central do metrô, alguns comuns, outros nem tanto. Difícil é imaginar que objetos de grandes dimensões como fogões, aparelhos de TV, camas, bicicletas, cadeira de rodas, carrinhos de bebê, orelhão, saxofone, narguile, e muletas possam cair no esquecimento. Embora pareça estranho, essas perdas são reais.

As histórias em torno desses pertences rendem relatos curiosos e cômicos. Houve um episódio em que um senhor procurava uma bolsa na qual estava a sua dentadura. Depois de uma descrição rica em detalhes, a bolsa foi localizada e entregue. Passados alguns minutos, o senhor voltou ao setor alegando que a dentadura não cabia em sua boca.

Um outro caso que envolve dentes aconteceu com uma usuária, que perdeu o seu pivô, uma semana depois de seu casamento, entre os bancos de um carro do metrô. Para o tal dente ser resgatado, os assentos tiveram que ser desmontados.

Há também histórias comuns, como a da estudante que esqueceu, recentemente: carteira, agenda, celular e discman. Os objetos foram encontrados e devolvidos à jovem.

Serviços
Cerca de 130 mil usuários são atendidos por ano, na Central de Achados e Perdidos do metrô. As estações em que mais se perdem objetos são a Sé, Barra Funda, Corinthians-Itaquera, Jabaquara e Santana.

Os pertences ficam à disposição dos interessados, pelo prazo de 60 dias. Os não procurados são encaminhados para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo e os documentos para os respectivos órgãos emissores.

O atendimento pessoal é feito na estação Sé, de segunda a sexta, exceto feriados, das 8h às 18h. Na estação Largo Treze, o funcionamento é de segunda a sexta, com exceção dos feriados, das 8h às 17h.

O metrô dispõe ainda de um sistema on line de busca, destinado à localização de pertences cujos proprietários possam ser identificados, como documentos, agendas, pastas e carteiras. A consulta também poderá ser feita na Central de Informações, pelo telefone (11 3286-0111).

*Conheça outros serviços de achados e perdidos:
Correios
CPTM

Atualizado em 6 Set 2011.