GDS: Durante toda a jornada, você destacou a importância de aprender a conviver em um espaço muito pequeno. O que esses quase 30 dias te ensinaram?
RS: Me ensinaram a generosidade, a tomar cuidado com o outro, a entender que, na verdade, somos uma parte de um grupo, que para esse grupo funcionar precisa estar em harmonia, que as partes precisam zelar umas pelas outras. Me ensinaram também que eu preciso de muito menos coisas do que eu imaginava, que temos muitas coisas supérfluas. Nem telefone a gente precisa mais, sabe?
GDS: Para você, o que foi mais difícil nesse período em alto-mar?
RS: Além da saudade muito grande de todos, acho que é a questão do conforto, não ter banho quente. É abrir mão desse conforto ao qual estamos acostumados. Também sinto falta da minha manicure, porque as minhas unhas estão horríveis, não as mostro por nada nesse mundo!
GDS: Você sentiu, em algum ponto, que ficou faltando alguma coisa?
RS: Ficou faltando ir para o Nordeste, terminar de fazer a costa brasileira.
GDS: Você embarcaria numa segunda jornada?
RS: Com certeza, me chama que eu vou!
GDS: Por que?
RS: Porque a sensação de velejar, de içar as velas, de ficar no leme, de ver o horizonte e o mar com a mesma cor, e de ganhar essa família do Tocorimé é indescritível.
GDS: O que o Red Bull Music Armada te acrescentou na vida pessoal e no aspecto profissional?
RS: No lado pessoal, com certeza, foi perceber o quanto a gente tem coisas supérfluas, o quanto a gente precisa de menos para viver, o quanto é importante saber viver em grupo, o quanto é bom ter um rumo a seguir. E no lado profissional foi a aventura, algo que eu cada vez mais tenho gostado de fazer, além de complementar a minha função de comunicadora. Eu fiz rádio, vídeo, texto. Tive que fazer tudo isso muito rápido, em alto-mar, às vezes com dificuldades de conexão.
GDS: Agora, sobre o Red Bull Music Armada:
Uma cidade... todas foram especiais, não dá para escolher uma só.
Uma praia... a praia vista do Vidigal.
Uma lugar... o barco.
Um restaurante... Marakuthai, em Ilhabela.
Uma personalidade... o Mike, o capitão do Tocorimé.
Uma lembrança... a imagem do T oco navegando, quando o mar e o céu ficam com a mesma cor.
Uma sunset party... Podem ser duas? Rio e Ilhabela.
Uma frase marcante... "qual é o rumo?"
Uma experiência... velejar.
A Renata de antes e a Renata de agora... a mesma pessoa, mas aprendeu mais coisas.
Foto: Divulgação/ Jozzu
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Atualizado em 6 Set 2011.