Guia da Semana

As ilhas de Zanzibar, no Oceano Índico, foram de posse da Inglaterra de 1919 a 1961. Em 1946, um menino "iluminado" chamado Farrokh Bommi Bulsara, de pais persas, nasceu e só saiu de lá aos 8 anos, para estudar na Índia. Voltou à terra natal depois de se formar no colégio, em 1962, mas dois anos depois, devido a uma revolução em Zanzibar, imigrou com a família para Londres, onde fez faculdade de Design Gráfico e Artístico. A partir daí, o garoto Freddie, seu apelido de infância, adotou o Mercury como sobrenome e começou a escrever seu nome na história, quando fundou a banda Queen.

Entretanto, hoje o arquipélago Zanzibar não é mais de posse dos britânicos. Ele passou a fazer parte da Tanzânia, no leste africano, em 1964, quando o país foi criado. Antes dos britânicos, toda a região passou pelo domínio de árabes e alemães. As línguas oficiais são inglês e suaíli (lá chamada de Kiswahili). As praias paradisíacas são os principais trunfos do país para chamar turistas. Mas lá existe, também, possibilidade de escaladas nos montes, safáris, parques naturais e muitos templos para se visitar.

Montanhas


O Monte Kilimanjaro (foto acima) é o ponto mais famoso da Tanzânia. Na fronteira com o Quênia, é a montanha mais alta da África com 5.895 metros e está protegida por um Parque Ambiental. Há vários postos para acampamento e não é necessário ser alpinista para atingir o topo. O frio e a falta de ar ocasionada pela altitude são as principais dificuldades, mas já há pacotes de agências que fazem esse tipo de aventura em uma semana de longas caminhadas.

Na verdade, trata-se de uma cadeia de vulcões antigos com o topo coberto de neve. São três os principais: Shira, Mawenzi e Kibo - este é o mais recente e ainda expele fumaça, um sinal de atividade. O governo da Tanzânia divulgou que cerca de 20 mil pessoas tentam subir a montanha todos os anos. A curiosidade é que o Kilimanjaro é o ponto mais alto do mundo a ter cobertura GSM para celulares.

Safáris

A Tanzânia tem parques naturais para safáris em todos os lugares do país. Com isso, para facilitar a vida do turista, dividiram em circuitos Norte, Sul, Leste e Oeste. O mais famoso é o Circuito Norte, onde estão os parques Serengeti e Kilimanjaro. O primeiro é o maior parque do país, que possibilita a visão de zebras, guepardos e dos big five (elefantes, rinocerontes, búfalos, leões e leopardos) não só por carros, mas também com passeios de balões. O Parque do Kilimanjaro, no caminho para o monte, é marcado por girafas-masai (um pouco menores que as girafas comuns, típicas da região), búfalos e macacos.

Ainda no Norte, está a Cratera Ngorongoro. O mais impressionante no buraco, que na verdade é um vulcão extinto, é a quantidade de animais que vivem lá dentro e não saem. O elefante é o único que sobe até a borda da cratera. Os outros, como hienas, búfalos, gnus, leões, leopardos e guepardos, permanecem dentro. Já as girafas-masai ficam somente fora. As aves que voam por ali são flamingos e abutres.

Outros parques famosos são o de Arusha e o do Lago Manyara. No Circuito Sul está a Selous, a maior reserva natural da África - tem o tamanho da Dinamarca.

Cidades

Dar es Salaam ("Casa da Paz", em árabe) é a maior cidade da Tanzânia com cerca de 2,5 milhões de habitantes. Os principais pontos históricos têm arquiteturas que lembram o período em que o país era ocupado por alemães e ingleses. Os alemães ficaram ali de 1880 a 1919 e, nessa época, transformaram a cidade portuária na capital. Além dos prédios do governo, é interessante visitar a Catedral Saint Joseph e o Museu Nacional.

Dodoma tornou-se a capital política do país em 1973, mas a cidade de 400 mil habitantes não se desenvolveu como Dar es Salaam, que ainda continua com parte da estrutura política. Dodoma abrigava uma estação de trem importante na época colonial, que escoava os produtos agrícolas para o porto.

Ilhas


São três ilhas principais na costa da Tanzânia: Zanzibar (foto acima), Unguja e Pemba. A primeira é a maior e o grande retrato da miscigenação racial do país. Os árabes e indianos vistos nas estreitas ruas do local remetem à época em que esses povos dominavam o comércio do Índico. Seus rostos estão em muito maior número do que os europeus e as línguas ali faladas são dialetos árabes, isso sem contar a arquitetura, também de origem árabe.

Nas três ilhas é possível mergulhar em águas azuis e se deliciar com a beleza dos corais e peixes. A visão contrasta com as condições reais de vida dos habitantes do país, longe de serem boas. Os principais pontos de Stone Town (Cidade de Pedra), capital de Zanzibar, são a imponente Casa dos Sonhos, construída como salão de festas do sultão Seyyid Barghash no século 19, a casa de Freddie Mercury e o Mercury´s Bar, opção noturna que relembra os sucessos do filho mais famoso da ilha.


Fotos: www.sxc.hu

Atualizado em 6 Set 2011.