Salve, São Sebastião! - Guia da Semana

Foto: Gustavo de Oliveira/ Arquidiocese do RJ

O dia era 20 de janeiro; o ano, 1565. A região em que, exatamente 40 dias depois, seria fundada a cidade chamada Rio de Janeiro estava em guerra. Portugueses, índios e mamelucos travavam uma batalha para expulsar os franceses calvinistas que lá haviam se instalado. Mas eis que uma ajuda veio - literalmente - dos céus. Conta a lenda que São Sebastião, o santo protetor da humanidade, apareceu para os defensores do lado brasileiro, que puderam, assim, despachar os invasores de volta para a França. O Brasil voltava a ser dos portugueses, e São Sebastião foi alçado a padroeiro da futura cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

A fama de protetor surgiu da época em que Sebastião, então um soldado romano no século 3 d.C., fazia "vista grossa" aos cristãos a quem deveria perseguir - afinal, o militar também professava a religião católica. Por conta disso, foi sentenciado à morte. Ele foi amarrado a uma árvore e teve o corpo cravejado por flechas, disparadas pelos arqueiros do reino - é essa a imagem que se conhece do santo, reproduzida em desenhos e estátuas mundo afora.

Mas ele não morreu. Segundo conta a tradição religiosa, São Sebastião foi socorrido por Irene, que tratou de seus ferimentos, e ele se apresentou diante do rei. E, novamente condenado, foi espancado até a morte, no dia 20 de janeiro.

Para celebrar a data, algumas igrejas organizam procissões e festas em homenagem a São Sebastião. Os fiéis seguem a imagem pelas ruas, agradecendo às graças alcançadas, renovando seus votos e fazendo seus pedidos. Confira o roteiro de atividades, preparado pelo Guia da Semana, que marcam esse dia tão especial.