Guia da Semana

Foto: Carolina Teixeira


Em um período de grandes transformações e desenvolvimento econômico, as cidades brasileiras portuárias eram extremamente importantes, devido à proximidade com o principal meio de transporte que importava e exportava produtos facilitava as negociações.

A cidade de Santos ainda possui um porto mais do que movimentado: a sua importância para a economia brasileira é significativa, assim como foi no grande período do café. Antes da sua cultura ser transferida para a cidade de São Paulo e mudar a atual metrópole, Santos era a responsável por tudo relacionado ao café.

A Bolsa Oficial do Café foi inaugurada em meados de 1922, com uma pomposidade e uma grandiosidade dignas do produto e da cultura europeia. Logo no térreo, uma grande área tinha cadeiras que acomodaram aqueles que negociavam os valores do café no pregão do produto: o café era a moeda.

Atualmente, o prédio abriga o Museu do Café, cuja entrada custa R$ 5, localizado no centro histórico de Santos, que conta toda a história deste grão, desde o passo a passo da produção cafeeira, até como era realizada a sua comercialização. Uma volta ao tempo imperdível, principalmente aos amantes da bebida.

Porém, para compreender como era a vida de Santos neste período, o passeio pelo resto do centro histórico é essencial. Isto porque tudo está intimamente ligado - cada construção, revitalizada ou não, cada morro, forte e trilhos de bonde mostram como Santos já tinha jeito de cidade grande.

Para uma introdução histórica sem muita canseira, compensa andar pelo bondinho. São cerca de 45 minutos de passeio. O percurso não é grande: algumas paradas acontecem para troca de trilhos e outras questões.

Os bondinhos vieram da Itália e Portugal e foram restaurados para nos dar uma sensação de viagem no tempo. O passeio sai por apenas R$ 5 (R$ 2,50 para estudantes e idosos) e passa pelos principais pontos do centro, além de falar das curiosidades. Você sabia que o Itororó da música "Fui no Itororó beber água e não achei..." existe?

Além do passeio pelo centro antigo, dê um salto na história e vá conhecer a orla marítima de Santos. A modernidade e cuidado com o lugar mostram que a cidade ainda vê a importância de investir em si mesma. Além de um belo jardim, considerado até pelo Guinness Book como o maior jardim frontal de orla marítima, possui boa iluminação e a movimentação é contínua.


A parada no Deck do Pescador é obrigatória. De madrugada, os pescadores usam seus anzóis e iscas iluminadas e coloridas. O peixe-espada é o mais pescado. E é possível ver de perto a grandiosidade dos barcos de carga e dos cruzeiros marítimos. Ponto de encontro para se despedir daqueles que farão uma viagem de navio.

Se estiver em praias próximas a Santos, use a balsa ou o ferry boat. Na alta temporada, indico a ferry boat (R$ 2,10), e andar como pedestre é muito mais prático. O ônibus para ir até o centro custa R$ 5 (cartão ida e volta).

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Quem é a colunista: Carolina Teixeira, 25 anos, turismóloga, blogueira e estudante de jornalismo.

O que faz: É freelancer de comunicação e blogueira na maior parte do tempo. Também come, fala (muito), dorme, se diverte e viaja igual a tantos, além de adorar uma leitura, música e ser surpreendida por boas opções de entretenimento.

Pecado gastronômico: Café (não importa como), uma boa massa, sorvete no frio. Ultimamente anda faminta pelo arroz, feijão e bife.

Melhor lugar do Brasil: São Paulo.

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Atualizado em 6 Set 2011.