Guia da Semana

Ao chegar na terra da alegria para o Carnaval, muitos turistas também querem aproveitar para conhecer um pouco mais sobre a rica história cultural da Cidade de Todos os Santos. Fundada em 1549, a cidade de Salvador foi a primeira capital do Brasil, e o início da colonização do país caminha ao lado da expansão da capital baiana.

A região abriga inúmeros monumentos históricos, alguns que datam do século XVI e outros que até foram tombados pela Unesco. Para ajudar os foliões interessados em saber mais sobre a cultura brasileira, o Guia da Semana selecionou os principais pontos turísticos de cada região de Salvador, dividindo-as em Centro Histórico, Cidade Baixa, Barra, Península do Itapagipe e Caminho da Vila Velha.

Centro Histórico

A região compreende basicamente as edificações da época da cidade colonial e sua expansão até o final do século XVIII. Em 1991, foi iniciada a revitalização do Centro Histórico, pois alguns prédios já estavam em ruínas. Ao todo já são mais de 800 edifícios restaurados, tanto fachadas quanto partes internas.

Dividimos a área em três partes para que o turista possa conhecer a história de Salvador mais a fundo, começando pela região que vai da Praça Municipal ao Largo São Francisco, em que se destacam o Palácio Rio Branco, o Elevador Lacerda, o Chafariz e o Palácio Arquiepiscopal.

O Pelourinho é outra parte da subdivisão do Centro Histórico, que representa um dos bairros mais antigos de Salvador e é uma amostra fidedigna da cultura baiana - tanto que já foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco. A região elucida a expansão da cidade entre os séculos XVII e XVIII, é ocupada por casarões da aristocracia colonial, o Solar do Ferrão, o Museu das Portas do Carmo e o Museu da Cidade.

Já a terceira região do Centro engloba do Largo do Carmo ao Largo de São Francisco. Dentre os pontos históricos e turísticos, o destaque fica com a Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo - que abriga também o Museu de Arte Sacra do Carmo -, o Oratório da Cruz do Pascoal e a Igreja de Santo Antônio Além do Carmo.

Cidade Baixa

Por conta das necessidades portuárias, a região foi se desenvolvendo desde meados do século XVI. Dessa maneira, as fortificações, as amarras de naus, os cais para saveiros e os depósitos de mercadorias são elementos típicos da Cidade Baixa. Em 1549, foi erguida a primeira parte da localidade, conhecida como Conceição da Praia e que abriga o Forte de São Marcelo, edificado no século XVII, e o Mercado Modelo, instalado no prédio da antiga alfândega.

Já sobre o velho Forte de São Fernando, mais ao norte da região, foi construído o prédio da Associação Comercial, em 1817. A área também concentra o único conjunto arquitetônico com elementos rurais no espaço urbano de Salvador, que abriga o Museu de Arte Moderna e o Parque das Esculturas, além do Solar do Unhão, construído entre os séculos XVI e XX.

Barra

É considerado um dos lugares mais privilegiados pela natureza, já que se situa no encontro entre o Oceano Atlântico com a Baía de Todos os Santos. O Porto da Barra foi muito importante na época das capitanias hereditárias e foi por lá que desembarcaram os fundadores de Salvador: o capitão Tomé de Souza e o donatário Francisco Pereira.

Como resquícios dessa época, também ficaram os monumentos históricos dos fortes de São Diogo e Santa Maria, além das igrejas de Santo Antônio da Barra, de Nossa Senhora da Graça e de Nossa Senhora da Vitória.

Península de Itapagipe

A ocupação da área aconteceu desde a fundação da cidade, com a presença majoritária de pesquisadores, boiadeiros e, posteriormente, das indústrias. Em um só dia de visitação, é possível conhecer as três partes da Península do Itapagipe: a Ribeira, o Bonfim e a Boa Viagem. Nesse sítio geográfico é onde se concentra um dos principais pontos turísticos de Salvador e o maior símbolo da fé baiana: a Igreja de Nosso do Bonfim.

O conjunto arquitetônico do local também abriga antigas residências de veraneios de famílias tradicionais soteropolitanas, além do Forte de Mont Serrat e a Ponte de Humaitá. A visão a partir da Península do Itapagipe é encantadora, pois ela é um braço de terra sobre a Baía de Todos os Santos, que engloba um conjunto de ilhas com águas mornas, muito utilizadas para o turismo náutico.

Caminho da Vila Velha

A região também é conhecida como Vila do Porto da Barra ou Vila do Pereira e surgiu no início do século XVI, a partir de um singelo comércio próximo à praia em que chegavam a maioria das embarcações coloniais. Situa-se entre a praia do Porto da Barra e as fortificadas Portas de Santa Catarina, que é a atual Praça Castro Alves.

Hoje, o Caminho da Vila Velha recebe o nome de Avenida Sete de Setembro e concentra vários pontos históricos de Salvador, como o Terreiro de Jesus, o Forte de Santa Maria, o Forte de São Diogo, o Museu Carlos Costa Pinto, o Corredor da Vitória, a Campo Grande, a Praça da Piedade e a Igreja de Santo Antônio da Barra.

Há ainda o Teatro Castro Alves, que é um dos mais modernos do país, com equipamentos cênicos de primeira linha. O estabelecimento data de 1958, mas passou por uma profunda reforma e modernização em 1967, após ter sofrido um incêndio.









Foto: Divulgação/Site visitsalvadorbahia.com

Atualizado em 6 Set 2011.