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Fotos: Luciene Cimatti |
Depois de assistir a um documentário que evidencia os benefícios da meditação, decidi começar a praticá-la, para recarregar as energias e diminuir a ansiedade. Tentei algumas vezes sem sucesso, já que a minha casa não é local dos mais apropriados para se concentrar. De repente, me lembrei que uma amiga comentou sobre um templo budista em Cotia, São Paulo, e decidi que lá seria um ótimo lugar para iniciar minha experiência de auto-descoberta. Cheguei num domingo de manhã no Templo Zu Lai, que foi fundado pelo Mestre Hsing Yun em 1992 e cujo nome chinês tem origem na palavra sânscrita Tathagata, que pode significar tanto "aquele que veio" quanto "aquele que foi". Para minha surpresa, descobri que além de ser um local para meditar ou conhecer a prática budista, é também um passeio e tanto.
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O templo estava cheio, por conta de uma missa realizada nessa data, uma das mais solenes cerimônias da tradição Mahayana - a linha de budismo praticada no Templo Zu Lai: a Cerimônia do Arrependimento da "Grande Compaixão dos Mil Braços e Mil Olhos", que inclui reverências, prostrações, oferendas e quase quatro horas de cantorias. Não participei do evento, por não conhecer os rituais, já que logo de cara cometi a gafe de fotografar a fumaça sagrada, vinda de um enorme incensário na entrada da cerimônia e fui devidamente repreendida. Mas eu e os demais visitantes que assistiam ao final do evento do lado de fora fomos convidados a receber a benção dos mestres ali presentes, uma espécie de água-benta, em um ramo de planta, o que me deixou imensamente agradecida.
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Toda essa caminhada pelo templo despertou meu apetite. Já é hora do almoço, no local existe uma cafeteria que serve lanches naturais, mas decido experimentar o almoço vegetariano, servido nos fins de semana e feriados, em um enorme refeitório. Apesar de preferir uma boa pizza de calabresa, admito que adorei o almoço, feito com todo tipo de saladas, legumes, carne de soja e tofu muito bem preparados, com sabor e tempero especiais e aquele gostinho de comida chinesa. A hora da alimentação é um momento sagrado e há um cartaz com orientações para seguir na hora de comer, como agradecer a quem plantou, quem preparou a comida e por merecermos aquele alimento. Após o almoço, sigo meu passeio e entro na biblioteca que fica em frente ao refeitório, com um enorme acervo para quem quiser aprender um pouco mais sobre a filosofia budista, e tem até espaço separado para as crianças, com livros infantis e brinquedos. O templo oferece também palestras e diversos tipos de cursos, como Tai Chi Chuan, Meditação, Artesanato e Kung Fu, entre outros.
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Quem é a colunista: Alguém que adora animais, escrever, fotografar, passear por aí.
O que faz: Jornalista e professora de inglês
Pecado gastronômico: Todas as massas e muito chocolate.
Melhor lugar do mundo: Minha casa ao lado dos meus bichos. Ah e tem também a praia de Garopaba em SC.
Fale com ela: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.