![]() |
Foto: Wanderlei Celestino/ site oficial da prefeitura |
A manhã paulistana desponta na aurora em meio aos edifícios que parecem querer romper os céus cor de gris. É mais um dia frio e nublado, onde os olhares apressados se misturam ao meio de uma multidão que teima em não parar. Aqui o relógio é o alvo primordial daqueles que vivem correndo atrás de algo que jamais alcançarão, o tempo consumido.
Passo em frente a Praça Roosevelt, onde frondosas árvores estão espalhadas em meio à selva de pedra metropolitana. Horas atrás essa mesma região acobertara, na penumbra notívaga, a luz alegre e pulsante dos jovens, junto ao ruído de copos tilintando nas mesas, com conversas desconexas e obscenidades faladas ao bel prazer. Agora, num tom mais austero e sóbrio, resta somente as olheiras e o ar cansado dos que persistem em enfrentar a noite.
![]() |
Não há nada de novo no velho centro da capital.
O ar carregado de fumaça dos carros e cigarros une-se ao tom melancólico e frio das calçadas do Viaduto do Chá. Uma vidente escolhe a próxima vítima de suas artimanhas. Em um átimo ataca, proferindo novas (falsas) esperanças de um amor que desponta ou uma antiga paixão que rejuvenesce.
![]() |
E dispensando a velocidade dos indivíduos com quem cruzo nas ruas, avenidas e alamedas, faço meu roteiro turístico. Consciente que há muito mais para conhecer no centro dessa cidade, uma beleza que está presente - não em construções ou lugares históricos - mas nos personagens que a forma.

Quem é o colunista: Leonardo Filomeno
O que faz: Pratico esporte e estudo jornalismo
Pecado gastronômico: Pizza e comida japonesa.
Melhor lugar do mundo: Ainda preciso conhecer
Fale com ele: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.