Guia da Semana

Foto: Arquivo Pessoal


A velha estrada da balsa entre Bertioga e Guarujá virou uma estrada-parque e recebeu o nome de Serra do Guararu, sendo o caminho que corta a ilha de Santo Amaro, onde está o município do Guarujá.

Provavelmente, todo paulista que já esteve no Guarujá deve ter passado por ela para ir ao Perequê ou à Prainha Branca, junto à balsa de Bertioga. Agora, fora da temporada, ela é uma bela estrada para pedalar. O trânsito não incomoda, o ar é fresco e o verde, relaxante.

Saí de Bertioga com a intenção de ir até Santos. A estrada está cheia de restaurantes e lugares que valem uma parada para fotos. O Perequê está a 15 quilômetros da balsa e a apenas três da Enseada. É um trecho tranquilo para pedalar. A passagem pela cidade do Guarujá não tem muita graça, indo pelo centro; o melhor é pela ciclovia da praia. No fim da rodovia, evite seguir as indicações de placas e vá em frente na primeira bifurcação que encontrar.

Essa rua leva diretamente ao mar e à ciclovia da praia, que conduz até Pitangueiras, no centro da cidade. Na rua central há uma outra ciclovia, que leva à saída da cidade. Deve-se seguir por ela até o viaduto. Nesse ponto, você deve passar por cima da calçada e ir para a esquerda, bem embaixo da ponte. Essa rua leva até a balsa de Santos.

Em Santos, encontrei um exemplo de organização para ciclistas. Tem até farol para as bikes! Isso sem falar que, em um domingo de manhã, as chances de congestionamento de magrelas é grande. Se o objetivo é passear, tudo se ajeita. Mas se você estiver procurando praticar o esporte, é melhor escolher outro local.

De Bertioga a Santos, levei duas horas e meia com poucas paradas. Em Santos, além de vários lugares convidativos para um lanche, o Aquário é um ponto que merece ser visto. A Ponta da Praia reúne alguns restaurantes. É bom não esquecer de levar uma tranca de bikes, para que você possa parar onde quiser.

No Guarujá, eu preferi parar nas praias de Pernambuco e Perequê, onde o visual é mais natural. Mas locais de descanso na Enseada não faltam. Os quiosques na ponta da praia, do lado centro, parecem até jardins caribenhos. Do outro lado, há vários restaurantes. Um deles, o Rufino, é a referência para achar a estrada do Perequê caso você saia de Santos.

Na praia de Pernambuco estão apenas barraquinhas de petiscos e lanches. Mais à frente, o Perequê reúne vários restaurantes e até mercado de peixe. Para comer mais tranquilo, em meio ao verde, é melhor ir mais adiante. Eu contei uns quatro pontos de boa comida nos 15 quilômetros até a chegada à balsa de Bertioga. Isso sem contar as barraquinhas da entrada da Praia Branca.

Aliás, esse pode ser um belo complemento para quem só quer fazer a estrada, sem passar pelas balsas: uma caminhada de três quilômetros até a Prainha. Basta travar as bikes em frente à lanchonete ou até colocar no estacionamento do local. O mais interessante desse trajeto é que você pode fazê-lo de várias formas e saindo de qualquer dos lados. A infraestrutura é total, com exigência física moderada.

Leia as colunas anteriores de Marcelo Rudini:

Um lindo destino

Homenagem justa

Praia de bike
Quem é o colunista: Fotógrafo e editor do site Onde Pedalar.com

O que faz: Fotógrafo editorial.

Pecado gastronômico: Um só? Na Bahia, Biju; em São Paulo, pizza; em Curitiba, Strogonoff de nozes e, em Belo Horizonte, feijão.

Melhor lugar do mundo: Aquele que te faz se sentir bem, equilibrado.

Fale com ele: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.