Guia da Semana

Foto: www.sxc.hu

Quem quer conhecer o continente europeu em pouco tempo e com pouco dinheiro e pretende se deslocar entre duas capitais, deve ir de avião. Não tenho nada contra usar trem; dentro de um país, pelo interior, esta continua sendo a melhor opção. Mas viajar entre dois países usando as ferrovias leva muito tempo e é, geralmente, mais caro do que viajar de avião. Apesar de não desfrutar das belas paisagens européias, quem vai de avião ganha mais tempo para conhecer, a fundo, as belas cidades da Europa.

Nas grandes cidades européias operam várias empresas low-fare, como a famosa Ryan Air. Fiz, certa vez, o trecho Liège/Pisa, Roma/Liège pela bagatela de 30 euro. O conforto, claro, não é lá essas coisas, e qualquer produto que se queira consumir deve ser pago na própria aeronave, mas quem precisa de luxos assim quando vai viajar por uma hora ou duas, no máximo? As poltronas são boas e, de resto, é um avião como outro qualquer. O único ponto realmente ruim da empresa é que ela opera, em sua maioria, pelos aeroportos secundários da Europa, ou seja, seria como se, em São Paulo, os vôos domésticos pousassem em Guarulhos e não em Congonhas. Mas sempre há transporte coletivo entre o aeroporto e a cidade, então isso acaba sendo o de menos.

Até hoje recebo e-mails da Ryan Air - sou cadastrado no newsletter deles. Chego a achar graça nas promoções absurdas que recebo: voe de Lisboa para Londres a 2 euro, com taxas inclusas, ou, até mesmo, voe de graça, pagando somente a volta a um preço ínfimo! Porém, como deu para perceber, esses preços são promocionais. Para garantir uma passagem a tais preços, deve-se comprá-la com meses - 3, no geral - de antecedência. Bom para quem já sai do Brasil com a viagem planejada.

Inúmeras outras empresas aéreas maiores e que oferecem maior conforto também têm passagens a preços irrisórios, como é o caso da SN Brussels Airlines, Virgin Atlantic, Jet Air (belga), e BMI. Fui, em outra ocasião, à Praga com a Brussels Airlines. Com passagem de ida e volta, gastei 70 euro. Bem mais caro que a Ryan Air, mas também ganhei comida e viajei com um pouco mais de espaço para as pernas. A opção é boa para aqueles que fazem questão dos pequenos prazeres do avião. (Não se enganem: vôos europeus são considerados domésticos e você ganha, no máximo, um bolo para comer).

Ao contrário de nós, brasileiros, os europeus não têm problemas freqüentes com a aviação, e voar por lá é bastante agradável e prático. Quase todos os aeroportos europeus são acessíveis por trem ou metrô. Quando não, existem ônibus que fazem essa ligação até os centros das cidades. Só lembre-se sempre de se informar antes sobre como chegar de forma mais fácil e barata ao local desejado. Na Itália, não me informei e subi em um ônibus sem pagar antecipadamente, o que resultou em uma multa de 200 euro. É o preço que se paga pela ingenuidade. Os centros de informações dos aeroportos são extremamente bons e lá as pessoas irão, com vontade e simpatia, lhe informar direitinho a forma realmente mais rápida, fácil e barata de se chegar à cidade.

Por esses motivos, meu conselho é: se quiser conhecer o máximo da Europa no menor tempo possível e com pouco dinheiro, não hesite, vá de avião! E lembre-se sempre de reservar e comprar sua passagem com antecedência, aproveitando as promoções e os preços mínimos das companhias aéreas - todas elas vendem mais barato se a passagem for comprada mais cedo.

Quem é o colunista: Lucas Guedes Hackradt, 18 anos, estudante de jornalismo.


Pecado gastronômico: batata frita com maionese!


Melhor lugar do Brasil: minha casa em São Paulo.


Como falar com ele: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.