Guia da Semana



1) Quando e como você começou a carreira de comediante?
Eu comecei em 1985. Fui para os Estados Unidos e comecei a encenar Poesia Cômica em Boston. Depois passei por Los Angeles e lá foram os meus primeiros contatos com o humor. Sempre estive ligado com a comédia. É o que eu gosto e o que eu acho que sei fazer.

2) Você já apresentou shows em diversas cidades do país. Como você prepara um show para públicos tão diferentes? Como são selecionadas as piadas?
É complicado. Às vezes temos que traduzir algumas piadas. No caso das comédias Stand Up, por exemplo, tem que chegar na cidade, observar as pessoas, conversar com elas porque no Brasil inteiro temos comportamentos muito diferentes. Por isso a adaptação é necessária. A observação é importante nesse momento.

3) Como você criou o personagem Seu Merda?
Eu estava em um ensaio de A Loira Incendiária quando criei aquela fórmula de falar em cima do outro (eu e o grupo). E daí "ele pegou" e foi para a tv como o Seu Banana do programa Zorra Total.

4) Qual é o tipo de humor que atualmente pega o brasileiro de uma forma geral? E o que não cai na graça do brasileiro?
Eu acho que tem de haver uma identificação. Quando eu subo no palco e falo sobre um homem estressado, mau-humorado, o cara de Belo Horizonte, do Rio, de São Paulo, de Brasília de todo lugar vai se associar ao personagem. Quando ando na rua muita gente me fala que tem um vizinho estressado parecido com o Seu Banana ou que tem um tio assim e por aí vai, em compensação não podemos interpretar personagens distantes do nosso dia-a-dia. Por exemplo, uma vez fiz um príncipe superengraçado e ninguém achou graça nele. O humor está próximo de nós e não distante.

5) Qual é o tema que você mais gosta de explorar?
Gosto de abordar a vida urbana. A cidade. Eu sou muito observador.

6) Como é feito o seu preparo físico para encarar o palco?
Eu relaxo. Não encho a barriga antes do show. Corro em volta do palco em círculos até conquistar uma concentração. Geralmente eu caminho, mas agora optei pela hidroginástica. Acho que o camarim é um lugar importante que me relaxa. E daí quando subo no paco procuro me soltar ao máximo. Tem dia que é muito puxado, gravo em uma cidade e de noite tenho que apresentar em outra cidade do outro lado do país. Nesse caso, a técnica entra em cena.

7) Você pretende viajar com a peça Nocaute?
Sim. Temos um país tão grande que podemos fazer uma temporada de 2 ou até 3 anos e agora pretendo sim seguir com essa Stand Up Comedy. Agora na temporada do teatro Folha em São Paulo, a casa está enchendo cada dia mais. Estou muito feliz. E por isso acredito que eu posso fazer as pessoas dar risadas nas outras cidades brasileiras.

Leia a resenha da peça Nocaute

Atualizado em 6 Set 2011.