Guia da Semana

Impossível falar sobre cinema mudo sem citar Charlie Chaplin. O ator, diretor e humorista era reconhecido por suas mímicas e pelo chapéu de coco de seu principal personagem, Carlitos. É considerado por críticos o pai do cinema juntamente com GeorgesMéliès e D.W. Griffith.

No auge da carreira de Chaplin, nos anos 1920 e 1930, o cinema ainda estava em processo de desenvolvimento, mas não era por isso que os filmes deixavam a desejar. Algumas obras desse período são clássicas até hoje, como Tempos Modernos (Inglaterra, Charlie Chaplin,1936), que faz uma crítica à Revolução Industrial.

No entanto, o cinema mudo ia além de Chaplin. Tanto na Europa como nos EUA, a sétima arte ganhava cada vez mais público à medida que novos filmes surgiam. Confira alguns clássicos do cinema mudo do início do século 20.

“O nascimento de uma Nação”de D.W. Griffith,EUA, 1915, tem como cenário a Guerra da Secessão e conta a história de duas famílias divididas pela guerra, tendo como pano de fundo o conflito entre o Sul e o Norte do país.

“Viagem à lua“ de GeorgesMéliès(França,1902), uma ficção científica que tem como enredo a história de homens que foram até a lua, e então têm de fugir dos seres lá encontrados para voltar à Terra. O filme era uma demonstração da curiosidade sobre o satélite natural.

“Nosferatu”, de Friedrich Wilhelm Murnau (Alemanha, 1922), conta a história de um conde que na verdade é um vampiro e, ao vender seu castelo, muda-se para Alemanha e lá espalha o terror.

“A paixão de Joana D’Arc” de Carl Theodor Dreyer, (França, 1928) conta a história dos martírios sofridos por Joana, uma guerreira francesa que foi chefe militar na Guerra dos Cem anos. Joana era devota à Igreja Católica, e, ao renegar suas crenças, é queimada viva, condenada por heresia.

Já na América Latina, apesar de o mercado cinematográfico ter demorado um pouco mais para florescer, filmes já eram produzidos no México (“La Obsesíon”,1917) e no Brasil. Por aqui, os primeiros curtas foram "Ancoradouro de Pescadores na Baía de Guanabara”(Cunha Salles, Brasil, 1897)e "Chegada do trem em Petrópolis” (Vittorio Di Maio, Brasil, 1897), entre outros.

Por Bárbara Caram, Aluna Do 2o. Semestre Do Curso De Jornalismo Da ESPM

Atualizado em 3 Out 2013.