Guia da Semana

O sexto filme com o mutante Wolverine chega aos cinemas disposto a superar o anterior, mas corre o risco de irritar aos fãs mais ortodoxos. Com misturas de cultura japonesa, faroeste e melodrama, Wolverine: Imortal não será um fracasso de bilheteria pela presença de Hugh Jackman – que, vale avisar, protagoniza uma cena memorável para o público feminino.

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A aventura começa quando Logan é abordado por uma japonesa chamada Yukio (Rila Fukushima), que o leva até seu mestre, Harada (Will Yun Lee), no Japão. Décadas atrás, o homem fora salvo por Logan (nome real do mutante) e, agora, ele está novamente à beira da morte. O motivo do convite é que Harada deseja sugar o poder de cura de Logan para salvar a si mesmo, “libertando” o amigo da imortalidade.

Rila Fukushima em moto, com blusa listrada e cabelos vermelhos. Wolverine Imortal

Ao lado do doente está a doutora Green (Svetlana Khodchenkova), que parece ter feito a cabeça do paciente para roubar – ela mesma – a força de Wolverine. Não fica claro, entretanto, quem é o verdadeiro inimigo, e a situação se complica ainda mais quando entra em cena um exército de ninjas. É em meio a essa guerra de interesses que o herói conhece Mariko, neta de Harada, e se apaixona.

Baseado nos quadrinhos publicados em 1982 por Chris Claremont e Frank Miller, o filme faz algumas mudanças para encaixar os novos personagens na história desenvolvida até agora nos cinemas. Nas revistas, Mariko é a principal razão para que Wolverine viaje ao país.

Outra licença importante (e pouco justificável) é a inclusão de Viper no mesmo contexto do Samurai de Prata e de Mariko. Da forma como é apresentada, a personagem parece ter a única função de levar uma sensualidade ocidental a um filme dominado por mulheres japonesas.

Svetlana Khodchenkova vestida de verde e sentada no chão. Wolverine: Imortal

A relação entre Logan e Mariko, muito estimada pelos fãs, sofre com a falta de química, já que ela é uma eterna fugitiva, frágil demais para um herói tão “bad boy”. Jean Grey (Famke Janssen), desagradável aqui como em todos os X-Men, assombra os sonhos do antigo parceiro, representando a tentação pela mortalidade.

Apesar dos defeitos, o filme de James Mangold é visualmente bem feito e constrói uma estrutura interessante de paralelismo nas cenas iniciais: vemos um urso e o Wolverine marcarem seus territórios na floresta, depois o animal é atingido por uma flecha envenenada e precisa ser sacrificado, profetizando o futuro do mutante e deixando o espectador apreensivo.

Entre as cenas de ação, destaca-se a da perseguição sobre um trem em movimento – um duelo feito para exibir as garras de adamantium. A batalha final, porém, joga um balde de água fria sobre quem estava louco para ver o Samurai de Prata nas telas. Digamos que ele... Não é o que você esperava.

O melhor do filme vem no final, na cena após os créditos. Apesar de confusa, ela abre o apetite para o próximo lançamento da franquia: X-men – Dias de Um Futuro Esquecido. Resta esperar.

Assista se você

- É fã do Hugh Jackman
- Gostou dos filmes anteriores com o Wolverine
- Procura uma diversão fácil para o sábado à noite

Não assista se você

- Procura uma adaptação fiel da história
- Fica entediado com mocinhas muito delicadas
- Espera ver cenas de ação sangrentas

Por Juliana Varella

Atualizado em 25 Jul 2013.