Guia da Semana

Para as noveleiras – e noveleiros – de plantão, o último capítulo de uma novela pode ser o melhor ou o pior dia do ano. Quando a novela é ruim, daquelas que já dá preguiça quando começa a música de abertura, a última cena na trama é realmente um alívio. Além de a produção sair da grade horária do canal, a expectativa para a nova novela é ainda maior.

Já quando a novela é daquelas que te prende do começo ao fim, com uma boa história, personagens marcantes, elenco de primeira e uma trilha sonora que não sai do seu iPod, o último capítulo é sinônimo de depressão. Literalmente.

Em clima de nostalgia – e com lágrimas nos olhos – a gente listou as novelas que nunca, jamais, deveriam ter acabado. Confira:

Avenida Brasil (2012)

A trama vingativa de João Emanuel Carneiro conquistou o Brasil. Rita (Débora Falabella) foi abandonada no lixão pela madrasta Carminha (Adriana Esteves) e seu comparsa Max (Marcelo Novaes) após seu pai morrer. Porém, a criança acabou sendo adotada por uma família rica, com quem foi morar no exterior. Adulta, Rita retorna ao Brasil como Nina para se vingar de quem a fez sofrer no passado. No meio de tanta raiva e maldades, a então chef de cozinha reencontra seu grande amor de infância, que, por ironia do destino, é o filho de Carminha.

O Clone (2001/2002)

Clonagem, islamismo e drogas foram os pilares da trama de Glória Perez, além do tórrido amor de Jade e Lucas – os dois se apaixonaram ainda jovens mas foram impedidos de viver essa paixão por causa da família de jade, que seguia à risca as tradições muçulmanas. Porém, após muitos encontros e desencontros, Jade e Lucas acabam ficando juntos e vivendo uma linda história de amor.

Laços de Família (2000)

O triângulo amoroso de Helena (Vera Fischer), Edu (Reynaldo Gianecchini) e Camila (Carolina Dieckmann), a prostituição de Capitu (Giovanna Antonelli) e a leucemia de Camila foram os temas principais da novela de Manoel Carlos. Cheia de momentos emocionantes, a trama conquistou o país. Principalmente a atriz Carolina Dieckmann, que raspou a cabeça por sua personagem.

A Usurpadora (1999)

Paulina (Gabriela Spanic), uma moça pobre que trabalha em um clube de luxo, e Paola (Gabriela Spanic), uma mulher ambiciosa, dissimulada, fria e calculista, se encontram por acaso e acabam trocando de lugar. Por uma oferta em dinheiro, Paola oferece à garçonete (que na verdade é sua irmã) uma troca de identidade durante um ano, enquanto ela se diverte com seus amantes. Após aceitar a proposta, Paulina vai para a mansão da família Bracho, onde ocupa o lugar da dondoca. Porém, a mocinha acaba se apaixonando por Carlos Daniel (Fernando Colunga), marido de Paola, e os dois filhos dele, Carlinhos e Lisete. A grande reviravolta é quando Paola volta á mansão sem avisar, deixando Paulina e todos em choque.

Por Amor (1997/98)

Quem não se lembra da famosa troca de bebês da novela “Por Amor”? Na trama, mãe e filha engravidam na mesma época e vão para a maternidade juntas. Porém, Eduarda (Gabriela Duarte) perde o útero no parto e dá à luz um bebê doente, que morre logo em seguida. Helena (Regina Duarte), por sua vez, dá à luz uma criança saudável e fica sabendo da desgraça da filha. Em um momento de desespero, a mãe implora para que César, o médico amigo que as atendia – e apaixonado por Eduarda desde criança –, troque as crianças. Por amor à Eduarda, César atende o pedido de Helena e passa a viver com esse segredo guardado a sete chaves.

Rei Do Gado (1996/97)

A rixa entre as família Mezenga e Berdinazzi poderia durar até hoje. Na trama, Bruno Mezenga é o fruto do relacionamento de Giovana Berdinazzi e Enrico Mezenga. Em certo momento, o fazendeiro conhece Luana em um acampamento dos sem-terra e acaba se apaixonando pela boia-fria. Mas, como nem tudo são flores, Bruno descobre que, na verdade, ele e Luana são primos.

A Próxima Vítima (1995)

A novela de Sílvio de Abreu marcou os anos 90. Pela primeira vez, o suspense policial era a espinha dorsal da trama e público tinha de adivinhar tanto quem matava quanto quem seria o próximo a morrer – lembrando que antes de morrer, cada vítima recebia uma lista com o horóscopo chinês. Em meio aos tenebrosos crimes, acontece a decadência da família Ferreto e o triângulo amoroso entre Juca (Tony Ramos), Ana (Susana Vieira) e Marcelo (José Wilker).

Quatro por Quatro (1994)

A trama começa com um acidente de trânsito que envolve quatro mulheres descontroladas: dondoca Abigail (Betty Lago), a dona de casa Auxiliadora (Elizabeth Savala), a tímida secretária Tatiana (Cristiana Oliveira) e a manicure Babalu (Letícia Spiller). Após serem presas e ficarem na mesma cela, elas descobrem que naquele mesmo dia haviam sido abandonadas pelo homem amado. Na prisão, elas travam um pacto de vingança: cada uma será responsável pela punição do “ex” da outra. A vingança contra os “ex” torna as quatro mulheres grandes amigas e cúmplices.

Dancin' Days (1978/79)

Além de uma boa trama – na novela, Júlia Matos (Sônia Braga) sai da prisão após 11 anos com o objetivo de conquistar o amor da filha adolescente, Marisa (Glória Pires). Porém, a irmã de Júlia, a socialite Yolanda Pratini (Joana Fomm), que criou a sobrinha, faz de tudo para impedir a aproximação de mãe e filha –, a novela ainda retratou o final da década de 70, época em que a febre das discotecas contagiava a todos, injetando euforia em todas as classes sociais. Além disso, a montagem lançou inúmeras modas, como as meias de lúrex com sandálias de salto, roupas coloridas e brilhantes, penteados, músicas, perfumes, brinquedos, entre outras coisas.

Por Anna Thereza de Almeida

Atualizado em 11 Set 2016.