Guia da Semana

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Passada a fase de adaptação e muitas viroses ao longo do caminho, você acredita que terá uma folguinha em relação à escola e suas questões mas, de repente, em uma bela segunda-feira, o pesadelo recomeça. Só de chegar perto da escola a criança começa a chorar, faz aquele drama no portão, e só falta te arrancar a perna. Ela grita, esperneia e diz não querer ficar na escola.

Você sai de lá arrasada, achando ser a pior mãe do mundo. Primeiro, por temer que a criança esteja sofrendo na escola ou que não esteja sendo bem tratada. Se a escola for supercara, então, a culpa é ainda maior, pois um pensamento não sai da sua cabeça: estou pagando para o meu filho ficar sofrendo. Na manhã seguinte, temendo enfrentar a mesma situação, e ainda com aquela reunião profissional inadiável marcada para o seu primeiro horário, você escala o papai ou outra pessoa da família para cumprir o "papel de motorista". E, para a sua surpresa, a criança se comporta da mesma forma e, a cada dia, o pavor da escola fica mais intenso.

O pai ou quem quer que seja, chocado com a cena, joga aquele "veneninho" ao comentar sobre o ocorrido. Mas, como tudo pode ser passageiro e as crianças são extremamente sensíveis, você segue em frente, achando que esta situação não vai se repetir e que, se acontecer novamente, será uma ou outra vez e só. As crianças naturalmente têm tendência a testar nossos limites e você, é claro, não pode deixar que ela entenda que ao chorar, vai conseguir tudo o que quer.

Mas, se a situação voltar a se repetir com certa frequência, é tempo de rever as suas escolhas e dar um crédito para quem deve estar mais incomodado com a situação. Nesse caso, o mais adequado a fazer é procurar a escola, falar sobre suas dúvidas e questões. Converse, questione e proponha algumas mudanças e possibilidades. Se, ainda assim, você não estiver satisfeita, procure a direção da escola ou, quem sabe, a ajuda de um profissional especializado.

Não esqueça ainda de conversar com a "pessoinha" mais interessada na questão. Muitas vezes, as crianças pequenas têm muita dificuldade para verbalizar os seus sentimentos. Ao olhar bem fundo nos olhos de seu filho, você terá a resposta. Muitas vezes, escolhemos as melhores escolas para nossas crianças, mas nem sempre a melhor em questão é a escolha certa para seu filho. Uma nova estratégia pode ser algo valioso para as experiências de vida de todos os membros envolvidos ou, ainda, tudo isso pode ser só uma questão de tempo. Todos nós precisamos de um tempinho para recarregar as energias e colocar a casa em ordem. Caso o problema persista, não hesite em escolher outra escola para a criança e, quando tiverem escolhido a nova, tenha uma conversa séria com seu filho sobre o processo. Sempre confie na sua intuição. Intuição de mãe não falha nunca!

Quem é a colunista: Don´t worry, be happy!

O que faz: Mãe, mulher e proprietária da Kinderplay.

Pecado gastronômico: Bolo de chocolate com calda de frutas vermelhas.

Melhor lugar do mundo: Havaí.

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: "The itsy, bitsy, spider ...."

Fale com ela: [email protected]


Atualizado em 6 Set 2011.