Guia da Semana



Bem, isso já aconteceu - ao menos de certo modo. Graças às empresas de videogames hoje é possível controlar os bonequinhos do Lego na tela de sua televisão ou computador.

Um bom exemplo é o game Lego Star Wars, de 2005, que foi inspirado em uma linha do Lego baseada nos filmes da saga Guerra nas Estrelas. O jogo, lançado para Xbox, PlayStation 2 e PC, fez um enorme sucesso ao permitir que o jogador controlasse seu bonequinho em belos cenários montados com peças virtuais de Lego. O resultado foram muitas críticas positivas, o prêmio de game do ano do site Kidzworld.com e inúmeros fãs ao redor do mundo.

Foram lançadas duas seqüências para o game: Lego Star Wars II: The Original Trilogy, em 2006, e Lego Star Wars: The Complete Saga, em 2007. Isso acabou criando um novo estilo de games, baseado no popular brinquedo. Este ano, apareceu Lego Indiana Jones: The Original Adventures, na onda do novo filme de Indy. Ainda em setembro de 2008 deve chegar Lego Batman: The Video Game, para aproveitar o embalo do novo filme do homem-morcego.

Essa história de brinquedos virarem games não é coisa nova. Lá no longínquo ano de 1983 os bonequinhos dos Comandos em Ação serviram de inspiração para jogos de Atari e Intellivision. Já na década de 90 eles foram usados também em games do nintendinho e dos arcades.

Parece, porém, que alguns brinquedos não foram feitos para os videogames. Um bom exemplo é o terrível jogo Barbie Horse Adventures: Wild Horse Rescue, disponível para PlayStation 2 e Xbox. O game é tão ruinzinho, mas tão ruinzinho, que a sua versão para Nintendo Gamecube acabou sendo cancelada antes mesmo de seu lançamento. Morgan Webb, apresentadora do programa gringo sobre games X-Play, chegou a chamar Wild Horse Rescue de "o pior jogo já feito". Pode ser um exagero, mas a boneca amada por milhões de meninas definitivamente não se deu bem no mundo dos games.

O inverso também acontece. Existem muitos brinquedos inspirados nos games. Os populares carrinhos Hot Wheels, por exemplo, saíram em 2003 com uma linha com temas inspirados em games como Jet Set Radio Future, Space Channel 5, Shinobi, House of the Dead e Super Monkey Ball. No mundo de hoje é assim. Brinquedo que faz sucesso vira game, game vira filme, filme vira brinquedo e por aí vai. Quem é o colunista: : Robinson Melgar, 29, não estudou e por isso ganha a vida escrevendo sobre informática. Seu sonho é virar a maior autoridade em cinema de sua rua.

O que faz: é jornalista.

Pecado gastronômico: x-calabresa.

Melhor lugar de São Paulo: Rua Augusta.

Acesse o site dele: www.morfina.com.br.

Atualizado em 6 Set 2011.