Guia da Semana

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O excesso de dor nas costas enfrentado por algumas crianças pode estar associado à escoliose. A doença costuma aparecer durante a infância e é um desvio da coluna vertebral, que acontece ou para a direita ou esquerda, formando uma espécie de "S". Essa deformidade, dependendo de determinados graus, provoca um incômodo forte e se não tratada pode comprometer as funções cardiopulmonares e, em casos muito especiais, até atingir o sistema nervoso e causar paralisia nos membros inferiores.

Para evitar a progressão da escoliose é necessário manter um acompanhamento ortopédico desde que o bebê nasce. O ortopedista Cláudio Vilela Pedra do Centro Ortopédico Orto-Plus do Rio de Janeiro explica que existe uma diferença entre os problemas de coluna posturais considerados comuns e a escoliose: "A assimetria dos ombros, costas e cinturas, por exemplo, que são problemas muito enfrentados por crianças no dia-a-dia podem ser corrigidos espontaneamente, ou seja, sem tratamento. É doença quando esses esforços para corrigir o problema não fazem efeito".

Tipos de escoliose
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Existe a escoliose idiopática que, na maioria das vezes, é hereditária. Provavelmente se trata de uma herança multifatorial, sem causas definidas. Ela é rara e costuma aparecer antes dos três anos de idade; o caso tende a ser extremamente grave.

A escoliose congênita, a mais comum, pode-se dizer que é uma má formação vertebral. Ela pode ser detectada logo que o bebê nasce. O ortopedista Miguel Akkari, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica esclarece que na pré-adolescência essa escoliose pode comprometer a criança em desenvolvimento por isso o acompanhamento médico é fundamental.

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Tratamento
O doutor Miguel explica que a seqüência de tratamentos depende da deformidade de cada criança. Para isso, é preciso uma observação clínica. "A escoliose é tratada desde um grau leve. O tratamento mais comum é o uso de coletes que é um aparelho de contenção. Ele previne o aumento das curvas e promove o alinhamento da coluna. Se o uso de coletes não adiantar e o problema persistir, é necessário optar pela cirurgia da coluna vertebral".

A criança pode ser submetida à cirurgia em qualquer idade de acordo com a gravidade da doença. A fisioterapia e a prática da natação são também indicadas pela maioria dos especialistas quando a criança sofre da doença. Isso se ela não for progressiva.

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Para saber se a criança tem alguma anormalidade na coluna, o doutor Cláudio ensina aos pais um teste bem simples para ser feito em casa e que deve ser repetido sempre que a criança crescer. É importante seguir todos os passos para conferir o crescimento da coluna, dos membros inferiores, superiores, pés e mãos.

Acompanhe o procedimento
1º passo - Coloque a criança em pé, de costas para você. Peça para ela juntar os pés e se inclinar para frente, com os braços soltos ao longo do corpo. Observe atentamente a simetria dos dois lados das costas: ambos devem ter a mesma altura, tanto na lombar como na torácica. Se um dos lados for mais alto que o outro, a diferença pode ser indício de uma escoliose em formação. A criança com má formação congênita terá dificuldade em se inclinar para frente na posição indicada.

2º passo - Ainda com a criança de pé, peça que estique os braços em sua direção e verifique se os membros superiores têm o mesmo comprimento e formato. Observe também se os ombros são simétricos

3º passo - Com a criança de pé, avalie a coluna na lateral, assim é possível ter uma visão geral da coluna, que deve ter leve formato em "s". Se houver alteração, será detectada de imediato.

4º passo - Deite a criança de bruços e peça para ela entrelaçar as mãos na altura da nuca. Levante suas pernas levemente para trás, imitando o movimento de uma gangorra. Assim, é possível verificar se a coluna está plana. Corcovas nas laterais podem ser sinal de cifose.

5º passo - Ainda com a criança deitada, junte suas pernas e veja se são do mesmo comprimento. Veja também se os pés têm o mesmo tamanho e formato.



Atualizado em 1 Dez 2011.