Guia da Semana

Gaita, banjo, harmonia vocal e um som limpo que valoriza os instrumentos. A música folk é muito conhecida em lugares como Estados Unidos, Canadá e Irlanda, mas também é encontrada nas playlists de muitos fãs do som aqui no Brasil.

E para quem pensa que o som é exclusivo dos gringos, está enganado. Muitos artistas apaixonados pelo estilo musical e até pelo "visual de interior" do folk tem dedicado suas músicas ao ritmo aqui no nosso país. Benjamin, o Bardo e o Banjo, Folk na Kombi, Antiprisma... confira 10 cantores folks brasileiros que você precisa conhecer!

o Bardo e o Banjo

Formada por Wagner Creoruska (Banjo, percussão, vocais), Marcus Zambelo (Mandolin, vocais, sapateado), Antonio de Souza (Fiddle) e Maurício Pilcsuk (Baixo, vocais), o Bardo e o Banjo é uma banda que propõe se relacionar diretamente com o público, sem cabos, amplificadores e fazendo um som espontâneo e rústico de folk e bluegrass. Formada em 2012, a banda trabalha com temas tradicionais da cultura norte-americana às releituras de grandes clássicos do rock.

Homepath, o mais atual álbum do Bardo e o Banjo, foi lançado em 2014 e reúne apenas canções autorais. No álbum, o grupo explora elementos diferentes: sons de colheres, tin whistle, gaita e até sapateado irlandês fazem participações nas faixas. Já em Folk n' Roll, é possível conferir um álbum gravado ao vivo com covers de diversos artistas diferentes, como Johnny Cash, Black Sabbath e Ace of Spades.

Benjamin

Benjamin, que na verdade é Diego Oliveira, já surpreendeu muita gente que acha que é preciso recorrer à cultura estrangeira para encontrar o estilo folk. O artista veio de Vitória da Conquista para São Paulo trabalhar em seu primeiro lançamento, o álbum Last, que marca a mudança do artista à capital paulista. No momento, Benjamin se dedica para o lançamento de seu primeiro EP e tem gravado músicas novas.

Folk na Kombi

Para quem procura um som mais animadinho, o grupo Folk na Kombi é uma boa dica. Atraídos pelo mesmo ideal de divulgar a música folk brasileira, três artistas se uniram para levar suas músicas às pessoas em uma linda Kombi vermelha. Neste projeto eles misturam seus trabalhos individuais em uma apresentação conjunta, o clipes seguem uma linha bem cativante, veja só:

Arthur Matos

Arthur Matos iniciou sua carreira como compositor, vocalista e violonista da Nantes, banda amplamente conhecida em Sergipe, sua terra natal. Após o término da banda, o cantor iniciou sua carreira solo, lançando seu primeiro álbum em 2012, Seu Lugar. Em 2012, realizou uma turnê de divulgação do álbum Seu Lugar em São Paulo, seguida de uma turnê nos EUA com a banda Rosie And Me, onde tocaram na maior conferência musical do mundo, o South by Southwest (SXSW). Em 2013 lançou o seu segundo disco entitulado Pacífico Atlântico, fruto das experiências vividas na turnê. Agora o cantor trabalha em seu terceiro disco, Accidental Light

NOAHS

A banda NOAHS vem de Florianópolis e traz em suas músicas influências fortíssimas de Mumford & Sons, The Head and The Heart, entre outros grandes artistas. A banda surgiu em 2013 formada por Murilo Brito, Bruno Bastos, Danilo Brito e Felipe Hipolito e em 2014 lançou seu primeiro EP, Cedar & Fire, com cinco faixas e está disponível para download no iTunes.

Phillip Nutt & Victoria Vaz

O duo Phillip Nutt & Victoria Vaz nasceu no final de 2011, ganhando força com dois anos repletos de apresentações memoráveis, nas quais vem encantando plateias com sua combinação mágica de vozes. Seus shows trazem faixas autorais dos dois, bem como releituras de artistas como Joan Baez, The Swell Season, Van Morrison, Bob Dylan, Damien Rice, Iron and Wine e outros renomados artistas folk.

Leavn'

Eric Feiteiro é quem está por trás do nome Leavn' (antigo Archer), projeto solo do cantor que traz um som folk e bem gostoso de ouvir. O cantor lançou recentemente seu primeiro EP completo no YouTube, e conta com participação d’O Bardo e O Banjo. Ouça uma das faixas:

Giancarlo Rufatto

O paranaense Giancarlo Rufatto começou gravar suas canções há mais ou menos 10 anos. Após um disco e um EP gravados sob o codinome “Lo-fi Dreams”, aventurou-se por bandas de Curitiba, mas que duraram pouco. Entre 2008 e 2012, Giancarlo lançou três álbuns (“14 canções”, “Machismo”, “A Vida Secreta das Referências”), alguns EPs que se situavam dentro do folk lo-fi e uma dezena de singles com versões improváveis que iam de Roxette à Roberta Miranda. Em 2012, o cantor participou do tributo “Jeito Felindie” – um projeto de artistas independentes em homenagem à banda de pagode Raça Negra que teve grande sucesso de público. Seu último trabalho, “Cancioneiro”, de 2014, foi lembrado em diversas listas de discos daquele ano. Atualmente, produz um novo trabalho ainda sem data com o nome provisório de “Grandes Hipérboles”.

PEDRO

O músico catarinense Pedro Oliveira surge com o projeto PEDRO e traz um som acústico que traz suas referências de uma viagem para a Irlanda. O som de Pedro cria um encontro entre suas referências clássicas e contemporâneas do folk e do rock, as cinco faixas (duas em português, três em inglês) que fazem parte do EP ‘Zam’. Entre as principais influências de Pedro estão Glen Hansard, Nando Reis, Los Hermanos e City and Colour. Confira:

Antiprisma

Antiprisma é uma dupla de São Paulo formada em abril de 2013 por Elisa Moreira e Victor José. Após um período em busca por uma identidade sonora, o duo apresentou seu trabalho ao público pela primeira vez por meio de gravações totalmente caseiras disponibilizadas na internet. O resultado dessa experiência despertou interesse de alguns blogs especializados em música alternativa, que apontou o Antiprisma como uma das “apostas da nova música brasileira”. Em abril de 2014, a dupla lançou em formato digital seu primeiro trabalho profissional, “Antiprisma EP”. O som essencialmente acústico sustentado pelas harmonias vocais possui uma sonoridade regional brasileira, folk rock sessentista e até mesmo psicodélica. Após uma longa temporada de apresentações na Grande São Paulo para promover “Antiprisma EP”, a dupla voltou as atenções para seu primeiro álbum.

Por Marina Marques

Atualizado em 3 Abr 2016.