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No segmento dos televisores, a última palavra em tecnologia são os aparelhos com telas finas, as chamadas TVs flat, com displays de plasma ou LCD de apenas alguns centímetros de espessura.

Cada vez mais populares, estes verdadeiros objetos de desejo já foram mais caros. Mesmo assim, ainda estão longe de serem itens considerados baratos. E essas tecnologias possibilitaram a existência de equipamentos finos, relativamente leves e com grandes áreas de exibição. Contudo, as semelhanças entre plasma e LCD param por aí e algumas diferenças devem ser levadas em conta antes de o consumidor optar por uma delas.

Todos os displays de plasma são de formato wide, mais retangular, similar ao utilizado no cinema, e praticamente todos os modelos oferecem resolução HDTV. Os tamanhos das telas começam em 37 polegadas e podem chegar a 103. Porém, os mais comuns ficam entre 42 e 63 polegadas. No Brasil, os modelos mais em conta custam cerca de R$ 3 mil. Os modelos mais caros de TVs de plasma (qualquer que seja o tamanho) de alta definição oferecem resolução de 1920 por 1080 pixels. No caso dos equipamentos com resolução menor do que essas, a melhoria na qualidade da imagem é uma combinação entre o tamanho da tela e a distância a que é visualizada.

Da mesma forma que os monitores de tubo (CRT), as TVs de plasma usam o fósforo para gerar luz. Isto quer dizer que ele também está sujeito a se "apagar". Se uma imagem estática é deixada muito tempo em exibição (como um banner ou um logotipo de uma rede televisiva), pode ser ela que não desapareça quando a imagem mudar.

Felizmente, este risco pode ser minimizado com a regulagem de contraste, brilho, cor e nitidez em níveis mais baixos - normalmente, elas vêm de fábrica com esta regulagem em valores muito altos. Outra medida é esticar a imagem que está em formato quadrado para o padrão 16:9. Para driblar o problema, muitos equipamentos já utilizam sistemas que movem continuamente a imagem na tela, de forma imperceptível, para prevenir estas "cicatrizes".

Os tamanhos dos monitores LCD vão de modelos de 15 polegadas, mais designados ao uso com computadores, a modelos de 65 e telas wide. Em tamanhos de tela inferiores a 42 polegadas, os preços dos TVs de LCD são mais baixos (a partir de R$ 1 mil, dependendo do tamanho).

Seus preços são mais atraentes do que os de TVs de plasma abaixo de 50 polegadas. Para tamanhos maiores, entretanto, LCDs costumam ser mais caros. No quesito imagem, ainda tendem a oferecer menor taxa de contraste do que as TVs de plasma, principalmente devido à dificuldade em reproduzir tons de preto e cinza-escuro. Além disso, podem ter tempos de resposta mais lentos, que podem produzir efeito de "rastro", principalmente em filmagens de esportes.

Em geral, os LCDs são alguns centímetros mais grossos do que os monitores de plasma e têm ângulos de visualização mais restritos. Imagens exibidas por TVs de plasma (como no CRT) são mais facilmente visualizadas e não são alteradas quando vistas por ângulos laterais.

Por outro lado, LCDs são imunes ao mencionado efeito de "cicatriz", menos afetados por ambientes sob forte iluminação e, geralmente, contêm mais funções encontradas em televisores convencionais. Além disso, a televisão de plasma esquenta mais que a de LCD, consumindo mais energia.

Quem é a colunista: Monica Campi

O que faz: jornalista