Guia da Semana

Foto: Evelyn Rodrigues


Britney Spears parou Las Vegas no último fim de semana de junho. A princesinha do pop se apresentou para uma plateia repleta de fãs ensandecidos, que lotaram o MGM Grand Garden Arena.

A superprodução contou com telões gigantes, diversas trocas de cenário e de figurinos, além de efeitos especiais com fogos de artifício e chuva de papel picado. Britney trocou de roupa diversas vezes e se vestiu de Cleópatra, de gueixa e usou uma saia esvoaçante que até lembrou Marilyn Monroe. Apesar de os críticos de plantão continuarem dizendo que ela não está em forma, Britney abusou dos decotes e roupas justas para deixar à mostra o corpo torneado.

Durante os 90 minutos de show ela não parou: acompanhou os bailarinos em quase todas as músicas, subiu e desceu do fosso do palco, cantou sobre um balaço enquanto um bailarino fazia performances acrobáticas e levou os fãs ao delírio toda vez que se aproximava da beirada do palco.

O repertório do show teve uma pegada house, techno e eletrônica, como os seus dois primeiros hits do novo álbum Femme Fatale, Hold It Against Me e Till the World Ends. Britney também apresentou novas versões para sucessos mais antigos como Baby One More Time, Three, Gimme More, Boys, I`m a Slave 4 U, Womanizer e Toxic. Durante S&M, gravada com Rihanna, ela cantou e dançou em uma jaula interagindo com bailarinos caracterizados de policiais com calça de couro e chicote.

Durante o show, outras canções, no entanto, foram encurtadas, como Up & Down, Piece of Me, Big Bass Fat e How I Row. Em Lace & Leather, a cantora escolheu um fã da plateia e fez um lap dance para ele em cima de um Mini Cooper.

Britney também cantou Burning Up, de Madonna, e encerrou o show dividindo o microfone com a rapper Nicki Miraj (que fez o show de abertura) na música Till the World Ends. No final apoteótico, a cantora voou sobre a plateia caracterizada de anjo, antes de agradecer a todos e desaparecer no fosso do palco.

Aliás, Britney interagiu muito mais com os bailarinos do que com a plateia, para a qual somente se dirigiu três vezes durante todo o show - a primeira para dizer "Boa Noite" e a última para se despedir. Como era de se esperar, a cantora mostrou muito fôlego e sensualidade nas coreografias, mas não parece ter tido o mesmo fôlego para cantar: o show inteiro foi dublado, ou como eles dizem por aqui, "lábio-sincronizado".

Os fãs ficaram ensandecidos com a performance, mas eu fiquei com a saudade das apresentações de outras cantoras desta mesma geração que não precisam de tantos recursos tecnológicos para levantar o público e darem o seu recado. Nem precisa olhar para as cantoras de outras nacionalidades para chegar a esta conclusão: Ivete Sangalo, Cláudia Leitte e Daniela Mercury teriam muito a ensinar para Britney: afinal, no quesito fôlego, voz e dança, elas são muito superiores à princesinha do pop (e sem tanto esforço). Em tempo: a turnê Femme Fatale ainda não tem data de estreia no Brasil.

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Quem é a colunista: Evelyn Rodrigues.

O que faz: Jornalista e assessora de imprensa.

Pecado gastronômico: Chocolate.

Melhor lugar do Brasil: Nordeste.

O que está ouvindo no carro, iPod ou mp3: U2, Nicki Minaj, Cee Lo Green.

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Atualizado em 6 Set 2011.