Guia da Semana

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Imagem da exposição do artista pernambucano Francisco Brennand.
Em tempos de globalização, onde a internet é a grande vedete e tudo pode ser pesquisado através de um simples clique: educação, lazer e cultura se tornaram mais acessíveis. Para visitar shows, países e museus não é preciso sair de casa. Porém, toda essa tecnologia pode ser prejudicial. "Ver as coisas pela televisão ou pela web é como chupar bala com papel, não tem a menor graça. Gosto de levar meus alunos para ver as pinturas famosas de perto, assim fica mais fácil de aprender sobre elas. Mas nem sempre boas exposições chegam ao nordeste", lamenta a professora primária Teresa Santista, que mora em Fortaleza. Para casos como esses existem as exposições que ultrapassam a linha do monitor e viajam por cidades de todo o Brasil, essas mostras são conhecidas como itinerantes.

Instituições como MAM (Museu de Arte Moderna), Instituto Moreira Salles, Caixa Cultural e Itaú Cultural, investem nesse tipo de cultura e levam a arte a locais distantes dos grandes pólos do país. O Centro Cultural Banco do Brasil, por exemplo, tem o CCBB Itinerante, projeto que reúne eventos nas áreas de música, cinema, vídeo, teatro, dança, artes plásticas e programa educativo. A idéia é que exposições viajem, pelo menos, por todas as capitais brasileiras, além disso, é disseminar a cultura brasileira pouco conhecida. Até o final de 2008, ano em que o Banco do Brasil completa o seu bicentenário, estão previstas 48 mostras, sendo que algumas cidades devem receber até quatro edições do evento.

Marcelo Mendonça, gerente geral do CCBB de São Paulo, garante que a intenção é chegar a cidades cada vez mais distantes. "Infelizmente, ainda não é possível fazer uma cobertura de 100% do território nacional. Algumas cidades não têm nenhum tipo de estrutura para receber exposições ou mostra de cinema. Mas com o tempo isso vai mudar", afirma. Já para Diuk Mourão, analista da Caixa Cultural, o grande benefício dos projetos itinerantes é a disseminação da cultura para as pessoas de baixa renda. "É uma oportunidade de acesso à arte para os alunos das escolas públicas das regiões mais distantes. Também é uma oportunidade de artistas regionais mostrarem os seus trabalhos em outros estados", finaliza.

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O Guia da Semana fez uma seleção de algumas exposições itinerantes que estão viajando pelo país.

Brennand: Uma nova

A exposição do pernambucano que já passou por Fortaleza, 26 de agosto vai estar em Porto Alegre. As obras que compõem a mostra são inspiradas no sofrimento e na dor, com esculturas dramáticas, femininas e sexuais. As mulheres, um dos focos principais do trabalho do artista, são lembradas por suas vidas perturbadas e sofridas, como as de Joana d´Arc, Inês de Castro, Ofélia, Maria Antonieta e Helena de Tróia.

Local: Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Preço: Grátis.
Horário: terça a domingo, das 9h às 18h.


Madi

O Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Fortaleza recebe, até 7 de setembro, a mostra MADI em Fortaleza. Pela primeira vez na cidade, a exposição é composta por esculturas, pinturas e desenhos, doados por artistas de todo o mundo.

Local: Museu de Arte Contemporânea
Preço: Grátis.
Horário: Terça a domingo, 14h às 21h.


Tazio Secchiaroli

A exposição do fotógrafo italiano, que já passou por Curitiba e São Paulo, chega ao Rio de Janeiro para temporada até 21 de setembro. O público confere 90 imagens captadas por Secchiaroli, que registram a fase de ouro do cinema na Itália.

Local: Caixa Cultural (RJ)
Preço: Grátis.
Horário: Terça a sábado, 10h às 22h; domingo, 10h às 21h.


Paulo Pasta

O artista que já expôs em São Paulo, mostra no CCBB do Rio trabalhos inéditos de 2005, 2006 e 2007, onde dá continuidade a uma pesquisa de dois anos que começou na Pinacoteca. Em cartaz até 21 de setembro.

Local: Centro Cultural Banco do Brasil (RJ)
Preço: Grátis.
Horário: Terça a domingo, 10h às 21h.


A Bahia de Jorge Amado

O Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro apresenta a exposição que reúne registros fotográficos do imaginário baiano ligados ao escritor. A seleção das imagens começa no século XIX com paisagem urbana e natural, além de personagens locais.

Local: Instituto Moreira Salles (RJ)
Preço: Grátis.
Horário: Terça a domingo, 13h às 20h.


Atualizado em 10 Abr 2012.