Por Douglas Brito

Com muitas atividades em sua escola de teatro - trabalho que faz há 35 anos - ficava difícil arranjar tempo para montar alguma peça, mas o texto conquistou o diretor. "Quando me chamaram senti uma cosquinha. Me deram o texto à tarde e na madrugada já confirmei", confessa.
Mesmo com a peça se passando na época do Regime Militar, na década de 70, o enredo é muito atual. "Muita coisa mudou, mas o relacionamento humano e os preconceitos continuam os mesmos", afirma. E complementa: "Esses personagens têm tudo a ver com todo mundo ainda hoje". O diretor passou pelos problemas enfrentados pelos personagens. "Eu vivi bem essa época. É uma coisa muito familiar". Mas deixa claro que mesmo os mais jovens se espelham no texto. "Cada um de nós vai se identificar com cada um dos personagens".

Na sua escola, Silveira admite dar muito mais que uma preparação para atores. "É um curso de desenvolvimento humano. Além da profissionalização, tem crianças e pessoas de 70 anos". Mesmo não sendo sua principal atividade, parece que o professor vai estender sua temporada na direção de montagens. "Não pretendo parar de dirigir, mas tem que ser outra coisa que eu me apaixone", fala.
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Atualizado em 6 Set 2011.