Guia da Semana



Atualmente composto pelos músicos Diego Zangado (percussão), Alexandre Paiva (cavaquinho), José Maria Braga (flauta), Bartolomeu Wiese (violão), Afonso Machado (bandolim e arranjos) e Alexandre de la Peña (violão de 7 cordas), o grupo de choro carioca Galo Preto é um dos mais antigos em atividade, com 35 anos de carreira completados em 2010. Idealizado pelo quarteto Machado, Wiese, Paiva e Braga, o conjunto iniciou suas atividades em 1975, apresentando-se pelas noites do Rio. Três anos depois, eles gravaram o primeiro disco, Galo Preto, que trouxe as faixas Recado (Rossini Ferreira), Desprezado (Pixinguinha), Cheio de Afeto (Luiz Otávio Braga), entre outros - a idéia desse disco foi se preocupar em mostrar clássicos do chorinho brasileiro, mas ao mesmo tempo, inéditos em sua maioria.

O segundo LP, homônimo ao primeiro, chegou em 1981, considerado pela revista Playboy e Jornal do Brasil, como um dos melhores lançamentos instrumentais do ano. Ainda no mesmo ano, o conjunto se apresentou ao lado do mestre Cartola, no Teatro da Galeria (RJ). Nos anos seguintes, eles tocaram com artistas renomados, como Elton Medeiros, Cristina Buarque, Zé da Velha, Netinho e Camerata Carioca. Em 1987, o Galo Preto realizou um show fora do país, em Guadalajara, México. Em 1991, foi a vez de excursionarem pela Suécia, nas cidades de Estocolmo, Uppsalla e Orebro - ao lado de Elton Medeiros. No ano seguinte, voltaram ao estúdio para gravar o terceiro CD, mais uma vez homônimo aos anteriores, com destaque para as canções Bem-Te-Vi (José Maria Braga), Brasileirinha (Adamo Prince), Zanzando em Copacabana (Radamés Gnatalli) e Galo Preto (Luiz Moura). Por seu desempenho, o álbum foi indicado ao Prêmio Sharp de Música.

Em 1994, lançaram o disco Só Paulinho da Viola, com 12 canções do cantor, entre elas, uma composta especialmente por Viola para integrar esse trabalho, Maxixe do Galo. Além de sambas, choros e valsas. Em 1996, a trupe ensinou seu ofício, em uma oficina de choro, realizada no Sesc Pompeia, em São Paulo. No ano de 1999, o grupo prestou mais uma homenagem, dessa vez ao sambista Cartola, em um show ao vivo, que virou disco, Só Cartola, com participações de Elton Medeiros e Nelson Sargento, em um espetáculo no Teatro Municipal de Niterói - entre as pérolas desse importante compositor, estão As Rosas Não Falam, Tive Sim, Sei Chorar e Fiz Por Você o que Não Pude. Em 2000, o Galo Preto completou 25 anos de carreira, com um show no Teatro do Sesc de Copacabana. No mesmo ano, integrou a trilha sonora do filme Homem Nu. No ano seguinte, eles lançaram o álbum O Dono das Calçadas, em parceria com Soraya Ravenle e Nelson Sargento - o registro trouxe sucessos de Nelson Cavaquinho, como Meu Pecado, A Flor e o Espinho, a obscura Nair (pouca conhecida do grande público), além da inédita Velho Amigo, composta com o músico Paulo César Feital.

No livro Velhas Histórias, Memórias Futuras, de Eduardo Granja Coutinho, lançado em 2002, o grupo de choro foi bastante citado. Em 2004, chegou às lojas o disco Diz Que Fui Por Aí, em parceria com a cantora Andréa Pinheiro. No ano de 2005, o grupo completou três décadas de existência, com o lançamento do álbum 30 Anos, onde mostrou aos fãs as faixas Pé na Jaca, Maxixado, Malemolente, entre outras. No ano de 2010, o cineasta Elano Baptista dirigiu um filme sobre a trajetória do Galo Preto, ainda sem previsão de lançamento nos cinemas. Para 2011, o grupo é a aposta das rodas de choro e samba, no carnaval carioca.


Foto: Divulgação / Walda Moura - My Space Oficial
Site oficial: http://www.galopreto.com.br/

Atualizado em 6 Set 2011.