Em abril de 2020, a Square Enix lançou no mercado Final Fantasy VII Remake, um título que foi muitíssimo bem recebido pela crítica, tanto que foi indicado à alguns prêmios no The Game Awards – faturando o de melhor trilha sonora e melhor RPG. Aqui mesmo, no Pizza Fria, o game ficou com uma das maiores notas do ano, com avaliação de 94 em 100.
Notadamente, com o lançamento do PlayStation 5, já era esperada uma versão otimizada para o console, já que o game, até hoje, é um exclusivo dos consoles Sony. No entanto, para surpresa de muitos, a Square Enix revelou também uma DLC exclusiva para o novo console, que preencheria uma lacuna na história original, além de introduzir Yuffie – uma das personagens favoritas dos fãs – como uma personagem jogável no game. Chamado de Episode INTERmission, eu joguei a expansão e te conto tudo o que você precisa saber agora!
O que é INTERmission?
Se você está chegando agora, e nunca jogou Final Fantasy VII, vou te contar o necessário para que essa review prossiga, mas sem muitos spoilers. Yuffie Kisaragi é uma caçadora de matérias e uma ninja de Wutai, uma cidade que está em guerra há muito tempo com a Shinra, organização que controla Midgar. Na versão original do game, ela era uma personagem que se poderia se juntar à equipe de forma opcional, e por isso, talvez nem todos que jogaram saibam quem ela é.
De qualquer forma, ela se tornou uma das personagens preferidas dos jogadores e os desenvolvedores de Final Fantasy VII Remake decidiram usar a liberdade criativa proporcionada pelos eventos do jogo de 2020 para dar um espaço maior para a personagem, aproveitando uma das lacunas em da história do jogo.
Assim, Yuffie chega em Midgar com a missão de entrar na Shinra e roubar algo que ela chama de “matéria suprema”. Na cidade, ela encontra com Sonon Kusakabe, outro agente de Wutai – e personagem inédito na franquia, que vai auxiliá-la nessa invasão. A história se desenrola em dois capítulos, com algumas boas surpresas e que explica um pouco sobre o ódio que a ninja tem pela Shinra.
Eu demorei menos de 4 horas para finalizar Episode INTERmission, e considerei uma boa experiência narrativa. No entanto, ela é consideravelmente curta, e poderia ter mais um capítulo. A forma como tudo termina, assim como o FF7R, deixa fãs, como eu, com uma vontade absurda de querer saber como essa história vai continuar.
Um gameplay rápido e com boas mecânicas
Se Final Fantasy VII Remake aprimorou os elementos de gameplay, tornando-o um jogo muito mais dinâmico do que o game de 1997, a DLC tratou de aprimorar um pouco mais esses recursos. Yuffie e Sonon lutam em dupla, e podem usar um recurso chamado Sinergia, em que eles atacam simultaneamente sempre que você utilizar esse comando.
Essa medida foi utilizada porque Sonon, assim como Red XIII em Remake, não é um personagem controlável. No entanto, para que você utilize melhor as habilidades dele, é possível fazer com que ele ataque junto com Yuffie, além de evoluir sua própria árvore de habilidades e armas próprias.
Tirando essa pequena, mas importante mudança, tudo segue a mesma linha do Remake. A batalha é uma mescla de hack n’ slash com RPG, em que você pode quase parar o tempo caso suas barras de BTA (Active Time Battle, em inglês) atinjam determinado nível e definir que tipo de ação tomar. Tudo é muito dinâmico, bastando pressionar o X para acessar o menu e os botões L2/R2 para alterar entre os personagens.
As Materias são equipáveis, as armas evoluem conforme você sobe de nível e é preciso distribuir pontos para elas em uma árvore de habilidades. O ponto negativo são os Summons, que são opções bem simples e banais – não aparecendo nenhuma grande invocação clássica da franquia na narrativa de INTERmission. Para liberar Ramuh, é necessário cumprir uma missão adicional.
Como eu quero jogar
A versão de PlayStation 5 de Final Fantasy VII Remake chegou com as novidades características do console: telas de carregamento muito rápidas, opções gráficas em 60 FPS ou em 4K, melhorias em texturas melhoradas, iluminação e ambientes de uma forma geral. Além disso, os desenvolvedores melhoraram o Modo Clássico, otimizando ainda mais como os personagens defendem e atacam.
Além disso, o game base e a expansão ganharam recursos compatíveis com o DualSense, como o feedback tátil, e os gatilhos adaptativos, estes em especial nas perseguições de moto por Midgar.
Fort Condor Remake!
Um dos minigames mais populares da geração PS1, Fort Condor, que fazia parte do Final Fantasy VII original, também ganhou um remake com a DLC Episode INTERmission. A ideia é a mesma de antes: posicionar unidades para invadir a base inimiga ou proteger a sua própria base. É um jogo em que é preciso cuidar de gerenciamento de recursos, além de obter novas peças para seu tabuleiro.
Vale a pena comprar Final Fantasy VII Remake Episode INTERmission?
Bom, aqui entram dois pontos que eu considero fundamentais para responder esta pergunta. Episode INTERmission é uma experiência legal e imersiva, mas é bem curta se comparada ao jogo original. Os compradores do jogo original, que fizeram o upgrade para a versão de PS5, devem desembolsar R$ 104,90 para jogar a expansão. É um valor que eu considero alto pela quantidade, não qualidade, de conteúdo oferecido.
No entanto, para quem está chegando agora e nunca jogou Final Fantasy VII Remake, é possível adquirir a versão completa, chamada de Final Fantasy VII Remake Intergrade, disponível ao preço sugerido de R$ 349,90. É claro que o valor é consideravelmente mais alto, mas esta versão oferece a experiência completa do jogo até hoje, e com muitas horas de conteúdo, e com uma qualidade ainda maior do que a versão lançada para PS4.
Final Fantasy VII Remake Episode INTERmission tem média de 83 pontos no Metacritic e foi lançado para PlayStation 5 no dia 10 de junho de 2021.
*Review elaborada no PlayStation 5, com código fornecido pela Square Enix.
Pizza Fria
Reviews, notícias e tudo sobre o mundo dos gamesPor Lucas Soares, Pizza Fria
Atualizado em 4 Jul 2021.