Guia da Semana

Quem vai para a balada e deixa de beber não só está liberado para dirigir como também está preservando o corpo dos diversos malefícios que o excesso da bebida pode causar. A ressaca do dia seguinte pode até parecer comum, mas é resultado de uma forte desidratação do organismo e do sobrecarregamento do fígado e de outros órgãos.

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Ao tomar um gole de álcool, uma pequena parte das moléculas de etanol já passa para a corrente sanguínea pelas mucosas da boca. A bebida desce pelo esôfago e chega ao estômago, onde cerca de 20% das moléculas de etanol entram no sangue. O restante das moléculas vai para o intestino delgado e é absorvido, caindo na corrente sanguínea. Uma vez no sangue, as moléculas de etanol são transportadas para todos os tecidos do corpo com grande concentração de água, como fígado, cérebro, rins e coração.



90% das moléculas de etanol são metabolizadas no fígado, mas ele é capaz de processar somente 14 mg por hora, o equivalente a uma lata de cerveja, uma dose de whisky ou uma taça de vinho. Ao exceder os limites do fígado, o etanol passa a intoxicar o organismo, causando os famosos efeitos da embriaguez.

Veja o que acontece quando você bebe, de acordo com a concentração em gramas de etanol por litro de sangue. Aqui os cálculos foram feitos para uma pessoa do sexo masculino pesando em média 75 quilos e que se alimentou logo antes de beber:

0.1 a 0.5 - Até 4 copos de cerveja, 2 taças de vinho ou 2 doses de destilado
Diminuição da capacidade de discernimento, perda da inibição, leve sensação de euforia, relaxamento e prazer, aumento do ritmo cardíaco e respiratório, diminuição das funções de vários centros nervosos e comportamento incoerente ao executar tarefas:

Explicação: O etanol quando chega ao cérebro estimula os neurônios a liberar uma quantidade extra de serotonina, um neurotransmissor que regula o prazer, o humor e a ansiedade.



0.6 a 1.0 - De 5 a 8 copos de cerveja, 3 a 4 taças de vinho, 3 a 4 doses de destilado
Entorpecimento fisiológico de quase todos os sistemas, diminuição da atenção e da vigilância, reflexos mais lentos, dificuldade de coordenação e redução da força muscular, redução da capacidade de tomar decisões racionais e de discernimento, sensação crescente de ansiedade e depressão, diminuição da paciência.

Explicação: O aumento do nível de etanol no sangue gera a queda da liberação do glutamato, responsável por regular o GABA, um neurotransmissor que faz os neurônios trabalharem menos. Assim, a pessoa perde desde a coordenação.

1.0 a 1.5 - De 9 a 12 copos de cerveja, 5 a 6 taças de vinho e 5 a 6 doses de destilado
Reflexos consideravelmente mais lentos, problemas de equilíbrio e de movimento, alteração de algumas funções visuais, fala arrastada e vômito.

Explicação: O etanol irrita a mucosa do estômago, dificultando a digestão e aumentando a produção de ácido gástrico. O vômito funciona como um mecanismo de defesa contra a ação agressiva do álcool no estômago.

1.6 a 2.9 - De 14 a 24 copos de cerveja, 8 a 13 taças de vinho, 7 a 12 doses de destilado
Transtornos graves dos sentidos, inclusive consciência reduzida dos estímulos externos, alterações graves da coordenação motora, com tendência a cambalear e a cair.



3.0 a 3.9 - De 25 a 32 copos de cerveja, De 14 a 18 taças de vinho, 13 a 16 doses de destilado
Letargia profunda, perda da consciência, estado de sedação comparável ao de uma anestesia cirúrgica e às vezes, morte.

Mais de 4 - Mais de 33 copos de cerveja, acima de 19 taças de vinho, acima de 17 doses de destilado
Inconsciência, parada respiratória e morte, em geral provocada por insuficiência respiratória.

Explicação: O excesso de urina acaba eliminando minerais importantes, como o magnésio e potássio, que ajudam a manter o batimento cardíaco. A bebida também libera adrenalina, aumentando a frequência dos batimentos cardíacos.

Essa matéria é um publieditorial para a Prefeitura de Curitiba.

Atualizado em 11 Jul 2013.