Guia da Semana

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Ao falar em alimentação saudável, devemos valorizar o consumo dos hortifruti, também conhecidos como FLV (frutas, legumes, verduras). E, quem vive em centros urbanos distantes das regiões produtoras desses alimentos, vai encontrá-los geralmente nos supermercados, feiras, sacolões e mercados municipais.

Como são altamente perecíveis e vulneráveis ao encaixotamento e transporte, as frutas, por exemplo, em geral são vendidas relativamente verdolengas, ou seja, ainda não chegaram ao ponto ideal de maturação. Mas isso se torna necessário justamente pelas grandes distâncias que esses hortifruti percorrem até chegar aos consumidores; e, com certeza, muitos desses vegetais, em especial as frutas, se forem transportadas já maduras, chegarão ao seu destino apodrecidas e sem condições para consumo.

A comercialização de frutas ainda verdes é comum, principalmente com banana, pêssego, goiaba, caju, mamão, entre outras, que acabam amadurecendo posteriormente na casa do consumidor. Quem tem a chance de adquirir hortifruti de uma agricultura familiar, por exemplo, ou de produtores perto do seu domicílio, é que poderá obter os alimentos com uma maturação mais adiantada, ou seja, no ponto de consumo mais ideal.

E, para se fazer uma melhor compra de FLV, tanto do ponto de vista econômico (gastar menos) quanto do ponto de vista nutricional (melhor qualidade), deve-se procurar acompanhar a safra desses alimentos. A safra do alimento indica a época do ano em que ele é produzido em maior quantidade. Sendo assim, uma oferta aumentada faz o preço baixar, e é quando ele se encontra em melhor qualidade nutricional (mais vitaminas e minerais, principalmente). Isso porque esse alimento foi produzido em condições climáticas ideais. Portanto, isso é muito bom também para a nossa saúde.

Atualmente, com os avanços tecnológicos que também ocorrem na agricultura, é possível cultivar alimentos até fora da safra padrão. E, assim, podem-se encontrar determinadas frutas, verduras e legumes praticamente em qualquer época do ano. Mas isso não acontece com todos os hortifruti. Nesse caso, quando não se encontra determinado alimento em alguns meses do ano, devemos aprender a substituí-lo por outro do mesmo grupo, ou seja, legume por legume, verdura por verdura, fruta por fruta.

Dessa forma, substitui-se um alimento de valor nutricional equivalente, sem desequilibrar a alimentação diária. Isso garante que os nutrientes nos quais ele é fonte sejam encontrados nas quantidades mais adequadas possíveis, além, é claro, de oferecer um sabor e um aroma mais intensos, estimulando os nossos sentidos (visão, olfato, paladar) e facilitando a aceitação e o consumo.

E, em se tratando de hortifruti, os nutrientes que mais eles fornecem são vitaminas, minerais, fibras e água - o que já é muito bom para a nossa saúde por trazerem equilíbrio orgânico -, e também uma relativa quantidade de carboidratos (açúcares), importantes por fornecerem parte da energia que necessitamos para as atividades diárias. Por isso, em uma alimentação saudável, os hortifruti não podem faltar.

Quem é a colunista: Solange de Oliveira Saavedra, 55 anos, casada, carioca, mas paulista de coração.

O que faz: Nutricionista, especialista em Administração Hospitalar, com atuação mais predominante na área de saúde, principalmente em hospitais públicos. Atualmente, gerente técnica do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região (CRN-3).

Pecado gastronômico: Gostar demais de doces e chocolates.

Melhor lugar do mundo: Aquele onde me sentir em paz e feliz, principalmente quando posso curtir o mar e admirar um lindo pôr-do-sol.

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: Enigma, Vangelis, ERA, Enya, Shade, Queen, Pet Shop Boys, Tears for Fears, Simple Red, Jorge Vercillo, Djavan, Vanessa da Mata, Ana Carolina, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Elis Regina, Marisa Monte, Jota Quest, Skank, Paralamas do Sucesso, Roupa Nova, etc.

Fale com ela: [email protected]br


Atualizado em 7 Ago 2012.