Guia da Semana

Foto: Arquivo Pessoal
Camarões Empanados

Que tal comer um belo salmão grelhado por pouco mais de R$ 10,00? Ou um risoto de camembert pelo mesmo valor? Não é em qualquer lugar que você encontrará preços tão convidativos, ao menos no Brasil. Mas no Chile isso é possível.

Estive durante alguns dias em Santiago e em San Pedro de Atacama. A primeira, capital do país vizinho, e a segunda, uma cidade que se torna cada vez mais destino de pessoas descoladas de todo o mundo. A relação peso/real ajuda, assim como na Argentina. E esse é o melhor convite para se conhecer a cultura e a culinária chilenas.

O país de Pablo Neruda nem parece ter saído de uma tragédia devastadora. O terremoto que atingiu os chilenos em fevereiro - que alcançou a magnitude de 8,8 na escala Richter - afetou seriamente muitas cidades. Mas, aparentemente, a capital se restabeleceu rapidamente. Ao menos nas zonas mais centrais, há poucos resquícios do terremoto.

Os preços acessíveis aos padrões brasileiros não se restringem à culinária. Um exemplo disso são os automóveis, que chegam a custar quase 50% menos que os similares brasileiros. É desagradável ver que um carro produzido no Brasil custe quase a metade do valor para os chilenos. Sim, pagamos muito mais impostos que eles. Pena que não exista a contrapartida.

Mas não quero começar a discutir política aqui, pois vou acabar me irritando. Então vamos falar de uma, das muitas boas coisas que você pode encontrar no Chile: a sua gastronomia.

Por ter uma vasta extensão litorânea, o Chile é pródigo em peixes e frutos do mar. E os valores, como citei no primeiro parágrafo, são tentadores. O salmão é um dos melhores exemplos. Se no Brasil o preço dele caiu ao longo dos últimos anos, deixando de ser alvo exclusivo da classe A para chegar à mesa da classe média, no Chile ele pode ser encontrado quase ao preço de banana. Ou, dependendo do lugar, até mais em conta.

Se você estiver disposto a gastar um pouco mais, a dica é o Astrid y Gastón, considerado o melhor restaurante do Chile. É lá que o chef peruano Gastón Acurio exercita seus dotes. Você poderá experimentar uma das cozinhas mais badaladas do momento. E garanto que não irá se arrepender.

No bar e restaurante Victorino, também em Santiago, as opções são mais em conta, mas nem por isso menos atraentes. Você pode saborear um Congrio frito com caviar de berinjelas, tomate e cebola, por menos de R$ 20,00. A saborosa Merluza Austral sai pelo mesmo valor. E o Salmão Negro, com crosta de azeitonas pretas, arroz frito e amendoim, sai por exatos R$ 20,00. Quer uma pasta? Os Ravioles de camarões ao Pil Pil, com tomates e alho, saem por pouco mais de R$ 15,00.

É ou não é de abrir o apetite? E esse é apenas um exemplo. A capital chilena conta com excelentes opções de restaurantes, para todos os gostos e bolsos. Mas, na média, os valores são tão acessíveis que fica difícil escolher onde comer. Vá pensando no assunto. Talvez você inclua Santiago nos planos para as suas próximas férias. Eu, no seu lugar, faria isso. Na próxima coluna falarei dos atrativos de um paraíso na terra: San Pedro de Atacama. Até lá.

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Quem é o colunista: Marco Esteves, sempre o personagem de alguma crônica gourmet.

O que faz: É jornalista e redator publicitário.

Pecado gastronômico: quem nunca cometeu nenhum, que atire a primeira jaca.

Melhor lugar do Brasil: Depois que visitar todos, eu decido.

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Foto colunista: Alexandre Cappi / BrStock

Atualizado em 7 Ago 2012.