Guia da Semana

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Ir ao cinema na hora do almoço, sem pagar nada. Essa é a proposta das sessões de curtas metragens nacionais ao meio-dia, uma programação que acontece bem no centro da cidade. Parece inusitado? E é mesmo! A mostra Curta o Curta no Almoço vai levar cultura de forma bacana, aproveitando aquela famosa uma horinha de almoço e o que é melhor, de graça. Basta retirar antes uma senha na bilheteria do filme.   Essas exibições são organizadas pela distribuidora de curtas-metragens Curta o Curta, do Rio de Janeiro, e acontecem entre 6 de outubro e 12 de novembro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O grande mérito do evento é apresentar filmes de menor duração, com perfil mais alternativo, para o grande público - que só toma conhecimento desse tipo de produção em festivais. A iniciativa é inovadora também em outro quesito: o financeiro. "Os produtores dos filmes serão remunerados pela exibição, o que não acontece quando eles aparecem em festivais", conta Marcus Vinicius Mannarino, sócio do Curta o Curta. Além de valorizar as películas, o objetivo dos organizadores e do CCBB é tornar a Mostra em uma programação fixa, com dia e horário regulares. "Para o ano todo e gratuito", diz Marcelo Mendonça, diretor do CCBB. Foto: Divulgação/Curta o Curta"Barbosa", com Antonio Fagundes, é um dos filmes da mostraCuriosamente, os curtas brasileiros eram exibidos obrigatoriamente nos cinemas, nos anos 70. Como hoje isso não acontece mais e a produção de filmetes cresce a cada ano, o Curta o Curta é uma excelente oportunidade de mostrar produções com artistas famosos ou nem tanto, de todas as épocas. "Hoje é muito mais fácil fazer um filme, com uma câmera ou celular. A produção fica mais diversificada e criativa", conta Mendonça. E põe diversificada nisso. Em três sessões diárias de meia hora cada, a lista inclui roteiros surpreendentes: documentários, filmes, histórias, comédias, dramas, animações...   Um deles é um clássico, que praticamente todo mundo já viu na escola. É o conhecido Ilha das Flores (foto no alto), de Jorge Furtado. Filmado em 1989, ele conta a história de pessoas que moram em um lixão e lutam com porcos pelos restos que os caminhões de lixo despejam na tal Ilha das Flores todos os dias. Outra atração da mostra é Barbosa, de 1988, também de Jorge Furtado, com Antonio Fagundes no elenco. A narrativa mostra um homem que volta no tempo para impedir que o goleiro da seleção brasileira leve aquele fragoroso gol que deu aos uruguaios a vitória na Copa de 1950, em pleno Maracanã lotado.   Também será exibido Os Filmes que Não Fiz, filmado em 2008 e dirigido pelo cineasta Gilberto Scarpa. O curta traz a história e a filmografia de um diretor que não dirigiu filmes. Essas e outras obras que têm, no máximo, 20 minutos de duração, são alternativas para transformar a hora do almoço num programa cultural. "O pessoal pode comer e ainda pegar uma sessão de cinema", brinca Mannarino. Mendonça, do CCBB, destaca que o público eclético que frequenta o centro de São Paulo pode aproveitar o tempinho extra para dar uma escapada... rumo ao cinema. "O centro já tem tantas manifestações culturais diferentes e circula tanta gente por lá: o executivo, o operador da bolsa, o office-boy, o camelô... queremos levar esse público para dentro do CCBB, para passar um tempo de qualidade, com conforto e [para] ter entretenimento e cultura", diz. Uma oferta cultural que é assiiim... uma Brastemp.

Mapa do local

Filme no almoço

Data 18 Out 2010-12 Nov 2010
6 de outubro a 12 de novembro de 2010.

Preço(s) Gratuito.

Horário(s) De quart a a sexta-feira, às 12h30, 13h e 13h30.

Endereço
(próximo às estações Sé e São Bento do Metrô)
Rua Álvares Penteado, 112, Centro 01012-000

Telefone (11) 3113-3651