De 6 de setembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026, acontece a 36ª Bienal de São Paulo no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, localizado no Parque Ibirapuera. Inspirada no poema “Da calma e do silêncio”, de Conceição Evaristo, esta edição traz como eixos a escuta ativa, o encontro, a negociação e o respeito - princípios que orientam a humanidade como prática coletiva.

A mostra é permeada pela metáfora do estuário, espaço de encontro entre diferentes correntes e espécies, traduzido em seis capítulos concebidos como fractais interligados por fluxos e diálogos constantes.

No total, 120 artistas e coletivos participam da exposição no Pavilhão, enquanto outros cinco integram o programa Afluentes, realizado na Casa do Povo. Parte desta programação é a mostra de filmes Fluxos de Imagens / Imaginários, desenvolvida com a Cinémathèque Afrique, que terá sessões em São Paulo e também em Marselha, no La Friche la Belle de Mai, dentro da Temporada França-Brasil.

A programação pública Conjugações reúne debates, performances e encontros em colaboração com instituições de diversas partes do mundo, como FLUP (Rio de Janeiro), 32º East (Kampala), SAVVY Contemporary (Berlim), Metro54 (Amsterdã), entre outras.

Outro destaque é o inédito projeto Aparições, criado em parceria com a plataforma WAVA. Com uso de realidade aumentada, fragmentos das obras da Bienal se expandem além do espaço físico, aparecendo em locais como o Parque Ibirapuera, as margens do Rio Congo, a fronteira México-Estados Unidos e cidades da África e da Ásia. Pelo aplicativo, os visitantes acessam as obras apenas nos pontos determinados, vivendo uma experiência sensorial imersiva e global.

Mais do que uma exposição, a 36ª Bienal de São Paulo se apresenta como uma travessia: um estuário onde vozes, memórias e gestos se encontram e se transformam. O público é convidado a experimentar a humanidade como verbo coletivo e a refletir sobre novas formas de viver juntos.

Confira a programação completa em: 36.bienal.org.br/agenda