Guia da Semana

Por Humberto Baraldi




De um boteco a outro, das casas noturnas aos grandes shows. A guitarra e o violão são amigos inseparáveis. Por onde passa, ele observa o público cantando as suas composições. O sotaque carioca lembra um velho ídolo da MPB. "Aqui não é o Tim, nem o Ed Motta. Sou eu, eu mesmo. Leo Maia". Sim, ele é filho de um lendário Maia. O terceiro da dinastia.

Prestes a lançar o primeiro Cd, o músico de 29 anos e quase 15 de estrada conversa com o Guia da Semana e ressalta, aos fofoqueiros de plantão, que conquistou espaço graças ao seu próprio suor. "Tenho muita admiração pelo meu pai, mas as pessoas não podem confundir ou comparar o meu trabalho com o dele. Estou me preparando bastante para ao menos chegar perto do que Tim alcançou".

Dos detalhes sobre a origem do inédito álbum a questões políticas como a atual crise enfrentada pelo PT, o devoto de São Jorge abre o jogo sobre amores, ídolos e até inimigos.

O Pai



"Ele sempre me incentivou nesta minha escolha. Mostrei a primeira música a ele, quando tinha 18 anos. Acredite, o Tim bateu nas minhas costas e disse ter gostado da composição", lembra Leo.

De barzinhos no início da carreira, o cabeludo e carismático músico passou a tocar com uma banda chamada Luiz Carlos Sons e Efeitos. O dono era um gerente de banco que pediu as contas, comprou um ônibus, aparelhagem e foi fazer baile com repertórios que variavam de músicas de casamento até um som para o público universitário.

O estilo de cantar e muitas canções têm forte inspiração do pai, Tim Maia, mas Leo buscou uma formatação sonora que o distinguisse dele. "Ouço e tenho orgulho de cantar as letras do velho, não posso negar que a minha alma é soul e que por fora sou rock´n´roll".

O primo
"Eu sou fã do Ed. A mãe dele, minha tia, me adora. Sempre que posso, escuto o som, vou aos shows".

O cachê



"Apesar de fazer bastantes shows, eu não me considero bem financeiramente. Aliás, só é rico quem recebe mensalão", conta Maia.

O cantor têm feito apresentações por todos os cantos do país e percebe a receptividade das pessoas. "Não importa a idade, sexo ou raça, sempre vejo as pessoas cantarem minhas letras".

Continua...

Atualizado em 6 Set 2011.