Guia da Semana

Por Humberto Baraldi


Divulgação

Com tendências ateístas e apartidárias, ao longo do tempo e em contato com outras culturas, o punk tomou uma "cara" diferente em cada país. Por se assemelhar em diversos aspectos com o anarquismo, punks e anarquistas passaram a colaborar entre si e muitas vezes dividiram algumas ações. "A anarquia é muito mais radical que o movimento punk", considera Jão, guitarrista do grupo Ratos do Porão.

A relação entre as duas ideologias originou o anarcopunk. Este ganhou um novo rumo com redirecionamento a uma nova militância política, com discursos e ações mais ativas, opondo-se à mídia tradicional, ao Estado, às instituições religiosas e grandes corporações capitalistas.



Em geral, os punks sustentam valores como anti-machismo, anti-homofobia, anti-nazismo, amor livre, anti-lideranças, liberdade individual, autodidatismo, iconoclastia, e cosmopolismo.

Alguns membros evitam ainda relações com a imprensa tradicional por filosofia, já que cada componente do seu grupo faz sua própria mídia, através da propaganda, que consiste na publicação de zines, promoção de eventos como palestras, shows, passeatas, panfletagens e sistemas de boletins-noticiários.

Essa característica "radical" do movimento punk acarreta problemas para os seus integrantes que por algum motivo adquiriram espaço na grande mídia, como foi o caso do cantor e apresentador de programa de televisão João Gordo (foto ao lado), vocalista da banda Ratos de Porão e considerado por muitos punks como traidor.

(*) Matéria principal

Atualizado em 6 Set 2011.