Por Humberto Baraldi
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Ele nasce Jorge Mário da Silva, mas se torna o músico Seu Jorge. A história deste artista carioca começa em 1970, quando, no dia 8 de junho, nascia o primeiro filho de dona Sula e de seu Jorge, moradores de uma casinha de um cômodo em Belford Roxo, bairro da Baixada Fluminense.
Mesmo com uma infância pobre e sofrida, Jorge frequentou a escola, além de ajudar a mãe a tomar conta dos outros irmãos. Começou a trabalhar com apenas dez anos de idade em uma borracharia, depois foi marceneiro, relojoeiro e office-boy. Apesar de tanta dificuldade, o garoto nunca deixou de lado o seu grande sonho: ser músico. Com os primeiros sálarios, o jovem juntou dinheiro para comprar um sax.
Na adolescência passou a participar de algumas rodas de samba, acompanhando o pai. Os bailes funks também eram de seu agrado. Até que um dia teve a oportunidade de cantar em bares noturnos da zona norte do Rio de Janeiro. Tempos depois aconteceu uma trajédia. Vitório, o irmão do meio, foi assassinado em uma chacina. A família se desestruturou e Jorge foi para a rua. Durante três anos, o rapaz ficou sem ter onde morar. Mudou de hábitos, adquiriu vícios e perdeu peso.
A nova virada veio quando o clarinetista Paulo Moura o convidou para fazer um teste no teatro. Jorge foi aprovado e acabou participando de mais de 20 shows com o Teatro da Universidade do Rio de Janeiro. No palco, ele atuava e cantava.
Ao longo da carreira, fez parte da formação da banda Farofa Carioca, que lançou seu primeiro CD em 1998. A partir daquele momento, Seu Jorge deslanchou. Passou a participar de vários projetos, como um disco de tributo a Tim Maia, alguns shows com a Orquestra Imperail, e a participação em estúdio com a banda Planet Hemp.
Com dois álbuns lançados, Samba Esporte Fino (2001) e Cru (2004), e parcerias bem-sucedidas com outros cantores, Seu Jorge define-se como um músico popular, que gosta de inúmeros gêneros musicais, mas cujo fundamento é o samba.
Atualizado em 6 Set 2011.