Por Humberto Baraldi
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O mundo musical está alvoroçado. Também, não é por menos. Um dos motivos é que o astro do pop, o cantor Michael Jackson, promete uma aparição em público, depois de viver enclausurado desde que foi absolvido da acusação de moléstia sexual infantil, em junho de 2005. Outro fator de tanto burburinho é que na noite de seu retorno o músico americano receberá o prêmio Diamond, entregue aos artistas que já venderam mais de 100 milhões de discos em todo o mundo. A aparição de Jackson fará parte do World Music Award, que acontece em 15 de novembro, no Earls Court Arena, Londres.
Aos 48 anos de idade, Jackson promete interpretar Thriller, hit que faz parte do álbum que leva o mesmo nome. Lançado em 1982, o LP integra o Guinness Book, como o disco mais vendido da história. Desde que foi inocentado das acusações de abuso sexual de um menor, em junho de 2005, o popstar apareceu raras vezes. O músico deixou os EUA, logo em seguida ao julgamento, e mora parte do tempo no Bahrain e na Irlanda, país onde pretende gravar o seu novo CD, juntamente com Will.i.am do Black Eyed Peas.
Com certeza, Michael é um dos mais aguardados do World Music Award, mas a premiação conta ainda com a atriz americana Lindsay Lohan, Beyoncé, Nelly Furtado, Mary J. Blige e Andrea Bocelli. O WMA foi realizado em Mônaco por 15 anos, antes de se mudar para os EUA, em 2004 e 2005. Agora, a festa será na Earls Court Arena, em Londres, Inglaterra.
A cerimônia que reconhece o trabalho de MJ premia artistas da indústria musical baseados nas vendas mundiais, desde que tais vendas sejam reconhecidas pelas gravadoras e pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica. Para receber um prêmio do WMA, o artista não depende de votos do público ou de jurados. Mariah Carey, Celine Dion, Elton John, Stevie Wonder, Ray Charles, Ace of Base, Diana Ross, Julio Iglesias, Tina Turner, Rod Stewart, Lionel Richie, Modern Talking, Tony Bennett, Plácido Domingo, Luciano Pavarotti, Whitney Houston, Prince, Janet Jackson, Carlos Santana e Cher são alguns dos nomes que já se deram bem e receberam a gratificação.
Em Londres, Jackson fatura a estatueta graças o seu bom desempenho na vendagem de discos. O norte-americano que ultrapassa a casa dos 100 milhões de álbuns já comercializados fez sucesso com
Thriller. Só para ter uma idéia, até 2003, ele havia sido adquirido por mais de 53 milhões de pessoas.
O tal material conta com contribuições do cantor Paul MacCartney, do guitarrista Eddie Van Halen e do ator norte-americano Vincent Price. Nele, MJ assina a composição de quatro músicas e ainda divide créditos com Rod Temperton pela autoria da faixa-título.
Algumas polêmicas também são abordadas em Thriller. No hit Billie Jean, o popstar relata a história de um homem acusado falsamente de ser o pai de uma criança - uma história real vivida por Jackson em 1981, quando uma fanática passou a persegui-lo, pedindo que ele assumisse a paternidade do filho dela.
Os videoclipes da obra-prima foram considerados inovadores para a época. Ao substituir a técnica da colagem de imagens por enredos nos vídeos, o astro pop acabou criando um novo conceito de produção. Com o curta-metragem gravado para acompanhar a canção
Thriller, o músico e o diretor John Landis estabeleceram ainda novos horizontes para a concepção dos clipes, que passaram a ser vistos como pequenos filmes. O vídeo tem 14 minutos de duração e foi gravado em película ao custo de 600 mil dólares.
Aqui no Brasil, Thriller é o álbum internacional mais vendido de todos os tempos. Sem dúvida, Michael faz jus ao título de "Rei do Pop".
Atualizado em 6 Set 2011.
