Guia da Semana

A 4ª edição do festival Lollapalooza no Brasil aconteceu no último fim de semana, 28 e 29 de março, e trouxe grandes atrações como Jack White, Bastille, Pharrell Williams, Calvin Harris, The Smashing Pumpkins e mais.

O evento uniu cerca de 136 mil pessoas (ainda sem estimativa oficial) no Autódromo de Interlagos e quase 50 shows nos três palcos espalhados pelos 600 mil metros quadrados. E além das bandas, o Lolla ainda contou com 19 ativações para deixar a experiência ainda mais interessante. Confira os melhores e piores momentos do Lollapalooza 2015:

Os acertos do festival

Ativações: O festival contou com atrações diversificadas, como espaço para fazer tatuagem, espaço relax para recarregar o celular e até barbearia. Assim como no ano passado, os espaços - apesar das filas - foram ótimas maneiras de passar o tempo entre uma banda e outra e também dar uma descansadinha.

Palco Onix: O mais longínquo palco desde a entrada foi o que mais rendeu momentos memoráveis. Além de atrações sensacionais, a acústica estava impecável e sua inclinação também proporcionava a todos uma bela visão do palco. Shows como The Kooks, Calvin Harris, Skrillex e Kasabian foram alguns dos melhores do festival e aconteceram ali. Além disso, o som dos DJs Skrillex e Calvin Harris deixavam a plateia quase surda em alguns momentos de tão alto, do jeito que deve ser!

Foto: MROSSI

Line-up diversificada: Um festival que te proporciona ver Foster the People, Calvin Harris e The Smashing Pumpkings no mesmo dia é para poucos. O evento contou com todos os tipos de bandas nacionais, de Marcelo D2 a Far From Alaska, e também de atrações internacionais, de St. Vincent a Three Days Grace.

Tenda eletrônica: Com atrações concorridíssimas, a tenda eletrônica foi um dos espaços mais disputados durante o festival e que estava sempre cheio de gente animada e disposta a dançar. O show do DJ Steve Aoki, por exemplo, foi tão disputado como alguns das atrações dos palcos principais e foi um grande acerto do domingo.

Os erros do festival

Preços: Espetinho e cerveja a R$ 10 cada. Com os preços altos, ficou difícil aproveitar tudo o que o festival oferecia: como o espaço de food trucks - o Chef's Stage, aliás, caríssimo. Depois de comprar um chopp e um espetinho pra matar o calor e a fome, era melhor guardar o dinheiro para outras emergências do que esbanjar em algum prato sofisticado dos chefs.

Line-up "vale a pena ver de novo": Muitas das atrações deste ano não foram nenhuma novidade para os brasileiros. Algumas bandas e cantores já passaram por aqui ou até já tocaram em outras edições do Lolla - como Skrillex e Foster the People. Enquanto isso, o Lollapalooza de Chicago terá Paul McCartney, Florence + the Machine, Metallica e Sam Smith.

Cancelamentos: Imprevistos acontecem, mas foram dois cancelamentos este ano. O SBTRKT, projeto musical liderado por Aaron Jerome, cancelou sua participação nas edições brasileira e argentina do festival. E de última hora, a galesa Marina and the Diamonds também cancelou sua apresentação por conta de problemas com o vôo. Além disso, a organização anunciou que não haveria reembolso.

Palco Skol: A galera até tentou se animar, mas só quem estava próximo ao palco realmente conseguiu. O som estava baixo e ainda havia interferências do palco Axe. Na apresentação do Foster the People, principalmente, era difícil ouvir a banda e o público chegou a desistir e bater papo durante o show.

Mangos: A estreia da 'moeda oficial' do evento causou muita confusão. Primeiro porque o valor dela era diferente do real (1 mango = R$ 2,50), então passou a impressão de que era para mascarar valores, como a cerveja por 4 mangos, na verdade R$ 10. Além disso, diversos caixas não estavam aceitando cartões por problemas na rede. Outra questão confusa foi saber quem aceitava dinheiro para comprar bebida e quem aceitava apenas os mangos.


Por Marina Marques

Atualizado em 30 Mar 2015.