Guia da Semana

Também conhecida como Hang Nga Guesthouse, a Crazy House é um hostel que fica no sul do Vietnã, na cidade de Dalat. ‘Crazy’ (louco em inglês) é o adjetivo perfeito para caracterizar a construção. O contraste com as outras casas da cidade colonial francesa de Dalat é visível. A Crazy House é repleta de ondulações, cores vibrantes, escadas em espiral.

A artista por trás do projeto se chama Dang Viet Nga e possui 79 anos. Ela afirma que a casa é fruto de sua imaginação, vida e criatividade. Seu intuito era criar algo diferente, nunca visto antes no mundo.

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A mente por trás

Dang Viet Nga concluiu seu doutorado em Moscou e trabalhou na Rússia por muito anos, até mudar-se para Hanoi, capital do Vietnã. Quando viajou para Dalat, encantou-se com a cidade e mudou-se para lá em 1983.

Já em 1990, começou a desenhar e planejar a Crazy House. Porém, ao invés de plantas, ela começou a fazer pinturas para incentivar sua imaginação. Seguindo uma estrutura básica e segura, a artista quis mesmo expressar sua criatividade: utilizou muito concreto porque era mais barato e fácil de manipular.

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A casa e a natureza

Um ano depois, a casa já estava aberta a clientes e recebendo os primeiros hóspedes. Hoje, ela é um destino desejado por muitos por aproximar os visitantes de um mundo fantástico. Segundo a artista em entrevista à CNN, os humanos já destruíram muito a natureza, por isso, sua intenção era trazer a natureza mais próxima dos hóspedes.

No projeto, uma casa central fica no meio de um pátio e é cercada de por quatro grandes casas na árvore. Essas casas se conectam por galhos de concreto, que servem como pontes.

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Ao ver as imagens, é fácil de associar a aparência da casa com as pinturas surrealistas de Salvador Dalí ou até mesmo às construções do arquiteto catalão Antoni Gaudí.

São 10 quartos entre as casas na árvore, cada um com nome de um animal ou planta, e decorados com formatos naturais, orgânicos e inspirados na natureza. A arquiteta ainda pretende construir mais casas e novos jardins. Segundo ela mesma, “é como uma coisa viva, está sempre mudando”.

Por Lidia Capitani

Atualizado em 30 Ago 2019.