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De acordo com a assessoria de imprensa, "o Google Brasil não comenta sobre produtos lançados por outras empresas". Mesmo assim, o Wolfram Alpha é uma nova realidade que parece querer desbancar o site de busca. Stephen Wolfram, que desenvolveu o software Mathematica, lançou o produto, descrevendo o mesmo como uma máquina de conhecimento computacional. Mas, afinal, o que é o Wolfram?
Mais do que um site de busca, ele funciona trazendo soluções exatas e matemáticas para o pesquisador. Por exemplo, ao digitar Angela Miguel, é possível descobrir quantas pessoas nos Estados Unidos se chamam Angela e quantas se chamam Miguel. Se, ainda, você perguntar o que é "Satisfaction", o programa responde, sem hesitar, que o nome é, na verdade, (I can't get no) Satisfaction, uma música dos Rolling Stones escrita por Mick Jagger e Keith Richards e lançada em maio de 1965, tudo isso numa tabela simples, de fácil compreensão. A diferença é que ele não traz links com palavras relacionadas, mas sim a resposta exata àquela questão.
O próprio criador explica que não é uma ferramenta como o Google ou um banco de dados como a Wikipedia. O que o programa faz é computar respostas para grandes conjuntos de perguntas. Ele "compreende" exatamente o que o pesquisador quer e responde àquilo. Para saber mais sobre o criador, acesse o site dele clicando aqui.
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O Wolfram Alpha também faz comparações entre assuntos. Assim, se você digitar "Brasil Argentina", ele trará uma tabela com dados de cada um, as bandeiras de ambos, localização, área, população, capitais e até dados econômicos. Alguns gráficos ilustram determinadas buscas.
Entre os serviços, não ficam de fora ainda cálculos matemáticos, aplicação de fórmulas e conversão de moedas, porém, as pesquisas, por enquanto, ainda são feitas e respondidas em inglês.
A principal diferença é que o Google une as informações que foram publicadas na web e as oferece como resposta, enquanto o Wolfram calcula as possíveis respostas para aquela questão e chega a um consenso fazendo o trabalho de maneira completa, de uma única vez.
Concorrência acirrada
Apesar de o sistema do Wolfram Alpha parecer mais prático e funcional, o Google tem mais de 60% do mercado de buscas dos Estados Unidos, de acordo com o presidente executivo Eric Schmidt, e já encarou outras tentativas de ser desbancado, sempre se saindo bem.
Uma delas é o novo buscador da Microsoft, o Bing, que, segundo Schmidt, possui muitas novidades e algumas falhas. Mesmo assim, o Bing ajudou a Microsoft a crescer de 13,8% para 15,% no mercado de buscas norte-americano, entre os dias 2 e 6 de junho deste ano.
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Esta não é a única tentativa de acabar com a hegemonia do Google. No ano passado, o site Cuil foi criado por ex-funcionários da empresa, com capacidade para indexar mais de 120 bilhões de páginas. O Powerset foi outra promessa, que apostava num "sistema mais humano" para oferecer as respostas procuradas.
Para não perder a concorrência, a marca do Google é a inovação, o que traz cada vez mais pessoas para dentro do site, em ferramentas como RSS (Reader), Gmail, Google Chrome e Google Earth.
A última novidade é um tradutor utilizado em conversas pelo Gmail. Através dele, o usuário escolhe a língua que quer ler o diálogo e pode conversar normalmente. A ferramenta pode ser encontrada no Gmail Labs, um espaço que traz sempre coisas inéditas em fase de experimentação do portal de busca.
De qualquer forma, as questões colocadas por estudiosos para o Wolfram Alpha são se o site conseguirá realmente responder àquilo que se quer saber e, mais do que isso, se não poderá haver erros nas repostas.
Por Angela Miguel
Atualizado em 17 Jul 2012.