Guia da Semana

Foto: Divulgação/Nelson Di Rag

Na novela Vamp Flavio Silvino, Guilherme Leme, Ney Latorraca, Patrícia Travassos e Otávio Augusto

Futebol, cerveja, churrasco e bumbum são algumas das maiores paixões dos brasileiros. Mas não dá pra negar que as novelas ocupam também um bom espaço no coração do povo. Seja por arrancar gargalhadas, como o Sinhozinho Malta de Roque Santeiro, por gerar tendência na moda, como a Babalu de Quatro por Quatro, ou dramas, como a leucemia enfrentada por Camila em Laços de Família, as histórias entram diariamente na casa dos telespectadores e mexem com a população.

Exemplo disso são as reprises que vêm alavancando a audiência dos canais pagos, como o Viva, da TV Globo. Recentemente, a emissora trouxe, literalmente das cinzas, a novela Vamp (1991). Escrita por Antonio Calmon e dirigida por Jorge Fernando, a história tem como protagonista a roqueira Natasha (Cláudia Ohana), que pretende destruir o vampiro Vlad (Ney Latorraca), para quem ela vendeu a alma em troca do sucesso.

Bombando também na grade do Viva, títulos como Rei do Gado, protagonizado pelo inesquecível fazendeiro Bruno Mezenga (Antônio Fagundes) e a sem-terra Luana (Patrícia Pillar); Vale Tudo, que revive as maldades de uma das maiores vilãs da dramaturgia, Odete Roitman (Beatriz Segall), a boa moça Raquel (Regina Duarte), a maquiavélica Maria de Fátima (Glória Pires) e a alcoólatra Heleninha Roitman (Renata Sorrah).

De acordo com a assessoria de imprensa do canal, não há uma ordem exata para que as novelas sejam reprisadas. A escolha é feita com base em pesquisas que envolvem enquetes no site oficial da emissora e fóruns nas redes sociais, como Facebook e Twitter.

O Guia da Semana se antecipou e perguntou aos seus usuários quais as novelas que eles gostariam que fossem reprisadas na TV. Dê uma olhada nessa lista e reviva, ou conheça, os folhetins que fizeram história e não saem das lembranças dos brasileiros.

Top Model



Exibida no horário das 19 horas, a novela, escrita por Walther Negrão e Antônio Calmon, e dirigida por Roberto Talma, foi ao ar entre 18 de setembro de 1989 e 5 de maio de 1990. Os 197 capítulos mostraram a história de Duda (Malu Mader), uma top model de sucesso que, ao ser contratada para desfilar, conhece os irmãos donos de uma marca famosa. Eles são Alex (Cecil Thiré), um cara dedicado ao trabalho, que se apaixona pela protagonista, e Gaspar (Nuno Leal Maia) um surfista quarentão que mora em frente à praia e dedica a vida aos filhos adolescentes.

O enredo conta também a história de Lucas, o grande amor da vida de Duda, que procura seu pai desconhecido, sem saber se ele é Gaspar ou Alex. A trama leva à telinha jovens atores que na época iniciavam a trajetória para o sucesso, como Marcelo Faria, Carol Machado e Gabriela Duarte. Além deles, outros nomes surgiram pela primeira vez na TV como Drica Moraes, Flávia Alessandra, Adriana Esteves e Rodrigo Penna.

Roque Santeiro



Quem não se lembra da imagem de um homem nervoso, sacudindo as pulseiras, seguido do bordão "Tô certo ou tô errado?". Primeira novela de Patrícia Pillar, Maurício Mattar e Cláudia Raia e considerada um dos ícones da TV brasileira, Roque Santeiro volta às telinhas em julho, após a apresentação de Vale Tudo, no canal Viva. A trama registrou os maiores índices de audiência da história, chegando por mais de uma vez a picos de 100 pontos no Ibope. Escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva e dirigida por Gonzaga Blota, Paulo Ubiratan, Marcos Paulo e Jayme Monjardim, ficou no ar entre 24 de junho de 1985 e 22 de fevereiro de 1986.

A novela contava a história do coroinha Luiz Roque Duarte, conhecido como Roque Santeiro, que morre após seu misterioso casamento com a desconhecida Porcina. A história se passa na cidade de Asa Branca e, devido à habilidade de Roque em modelar santos, ele é santificado pelo povo, que o transforma em um mito. Porém, ele não está morto e causa uma verdadeira confusão quando volta à cidade, principalmente para o inesquecível Sinhozinho Malta (Lima Duarte), o poderoso fazendeiro do lugar, que sente seu romance com a viúva Porcina ameaçado.

A Gata Comeu



O sucesso da novela foi tamanho que o folhetim foi o primeiro a ser exibido no Vale a Pena Ver de Novo por duas vezes. No ar no horário das 18 horas, entre 15 de abril e 19 de outubro de 1985, foi escrita por Ivani Ribeiro, adaptada por Marilu Saldanha e dirigida por Herval Rossano e José Carlos Pieri. Na trama, a protagonista Jô Penteado (Christiane Torloni) sempre termina o noivado com seus pretendentes e ganha o apelido de Lucrécia Bórgia. Rafael é seu oitavo noivo e todos esperam que, enfim, aconteça o casamento.

Porém, a protagonista percebe que não ama o noivo e termina tudo. Jô sofre por nunca ter se apaixonado verdadeiramente e não conhecer o amor. Até que ela se apaixona loucamente pelo professor Fábio, viúvo e pai de dois filhos. Um dos destaques da trama é a dupla formada por Cláudio Correa e Castro e Marilu Bueno, como o casal Gugu e Tetê. A novela revelou a atriz Deborah Evelyn e contou com a participação especial de Ronnie Von.

Pedra Sobre Pedra



Outro sucesso da TV brasileira, a novela foi ao ar entre 6 de janeiro a 31 de julhio de 1992. Dirigida por Paulo Ubiratan e Gonzaga Blota e escrita por Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, teve 178 episódios. A história se passava na pequena cidade de Esplendor, em meio ao sertão nordestino, e marcava a disputa entre duas famílias da região, os Pontes e os Batistas. Com Lima Duarte, Renata Sorrah, Maurício Mattar e Adriana Esteves como protagonistas, no folhetim, Murilo Pontes (Lima Duarte) ia se casar com a jovem Pilar Farias (Renata Sorrah), por quem o herdeiro dos Batista era apaixonado. No dia do casamento, a noiva diz não no altar, e ambos seguem seus caminhos e se casam com outras pessoas. Das uniões nascem Leonardo e Marina, que crescem e passam a protagonizar uma história de amor, contra a vontade das famílias.

Enquanto isso, a cidade recebe a visita do enigmático fotógrafo Jorge Tadeu (vivido por Fábio Jr.), que seduz as mulheres casadas da região. A flor de Jorge Tadeu ganhou fama, pois enlouquecia quem a comia. Uma das cenas mais marcantes da novela foi a do assassinato do fotógrafo, encontrado morto, em sua cama, enquanto borboletas sobrevoavam seu corpo. E a pergunta "Quem matou Jorge Tadeu?!" parou o país. A novela retratava o mundo cigano através dos personagens de Luiza Tomé, como a cigana Vida; Humberto Martins, como o cigano Iago, e Eduardo Moscovis, como o cigano Tibor, primeira participação do ator nas telinhas.

Dancing Days



Escrita por Gilberto Braga e dirigida por Daniel Filho, Gonzaga Blota, Dênis Carvalho, Marcos Paulo e José Carlos Pieri, a trama teve 173 episódios e ficou no ar entre 10 de julho de 1978 e 27 janeiro de 1979, às 20h. A novela conta a história de Júlia de Souza Matos (Sônia Braga) que, presa por atropelar acidentalmente um homem durante a fuga a um assalto ao banco, ganha liberdade após onze anos. Sua filha havia sido enviada a um orfanato com apenas quatro anos e logo foi morar com uma milionária tia, irmã de Júlia. A protagonista tenta se reaproximar da filha Marisa (primeiro papel de destaque da atriz Glória Pires), porém a irmã impede.

Dessa forma, Júlia assume outra identidade e passa a conviver com a filha, se passando por sua amiga, até revelar sua identidade no casamento da jovem e ser rejeitada após causar uma confusão na festa. Presa e solta novamente, ela conhece um empresário, com o qual se casa. Após uma viagem, Júlia volta repaginada e busca vingança conta todos que a humilharam e o amor da filha. A novela ficou marcada como uma das referências de moda da época e levou as roupas coloridas e modelos ousados às ruas do país. Além disso, a trilha sonora foi um sucesso e contou com hits como Dancin' Days, de As Frenéticas. Além de Glória Pires, a atriz Lídia Brondi ganhou reconhecimento nacional com a trama e Eri Jonhson e Cláudia Ohana fizeram parte da abertura do folhetim como figurantes.

Atualizado em 10 Abr 2012.